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Expansão humana e destruição dos habitats contribuíram para a extinção do urso das cavernas

25 de agosto de 2010
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De acordo com o estudo publicado ontem (24) por uma equipe internacional de cientistas, no jornal Molecular Biology and Evolution, o urso das cavernas (Ursus spelaeus) começou a desaparecer há 50 mil anos na Europa Central – data que coincide com a propagação dos humanos e não com as alterações climáticas, como se pensava.

A verdadeira causa de extinção deste mamífero era até agora desconhecida e, por isso, o grupo de investigadores, liderados pelo Instituto Max Planck para Antropologia Evolucionária, na Alemanha, decidiu analisar 17 sequências de DNA mitocondrial de fósseis de ursos, armazenados em depósitos europeus (Sibéria, Ucrânia, Europa Central e na Península Ibérica, mais especificamente na Galiza).

Aurora Grandal-D’Anglade, coautora do estudo e investigadora do Instituto de Geologia da Universidade da Corunha, refere que “o declínio na diversidade genética do Ursus spelaeus coincide com o início da expansão humana”.

Declínio das cavernas

A equipe de investigação comparou ainda amostras de fósseis com o moderno urso pardo (Ursus arctos) e conseguiram perceber por que uma das espécies desapareceu e não a outra. Para o demonstrar, analisaram 59 sequências de DNA dos fósseis do animal extinto, de há 60 mil e os 24 mil anos e 40 do ainda existente, de há 80 mil anos até à actualidade. A diferença é que este último, para sobreviver, não depende do habitat – que se degradou bastante –, concluíram os investigadores.

Os resultados da datação por radiocarbono revelaram que o Ursus spelaeus era abundante na Europa Central há 35 mil anos e que o fim da espécie se deu definitivamente há 24 mil anos, devido a um máximo glaciar durante o Pleistoceno, que destruiu o seu habitat, levando à redução do espaço usado para abrigo e da vegetação com que se alimentava.

Fonte: Ciência Hoje

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