Três integrantes da ONG BastAdotar prestaram depoimento à Polícia Civil de Minas, nesta segunda-feira, após abertura de inquérito sobre o envenenamento de 12 gatos acolhidos pela instituição. O crime aconteceu no último sábado, na sede da ONG, que fica na região noroeste da capital mineira. Dos 12 felinos envenenados, 10 morreram com sinais de contaminação por chumbinho.

As responsáveis pela ONG e a veterinária, além de advogados e vereadores da causa animal em Belo Horizonte, compareceram ao Departamento Estadual de Investigações de Crimes Contra o Meio Ambiente. Segundo a socióloga e uma das fundadoras da entidade, Silvana Coser, que encontrou os animais agonizando, foram repassados à Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Civil detalhes sobre a dinâmica do crime. Por exemplo, a sequência dos fatos e informações sobre quem tem acesso aos gatos. Além disso, foram encaminhadas imagens de câmeras de segurança para análise pelos policiais.

A equipe da BastAdotar também encaminhou ao hospital veterinário público de Belo Horizonte os corpos dos animais que morreram. Eles vão ficar armazenados nesse local, em refrigeração, aguardando a necrópsia por equipe designada pela Delegacia de Meio Ambiente.

 

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Silvana Coser afirmou que a proteção animal em Belo Horizonte segue chocada com o crime e vai cobrar uma investigação séria para identificar o culpado.

“A gente deixou muito claro que o que nós desejamos é de justiça, que o culpado seja encontrado, processado e pague pelo crime que ele cometeu. É um crime horrendo, é um crime de uma crueldade ímpar, mas, por agora, eu não tenho nada muito a acrescentar, a não ser o temor de que esse crime não seja desvendado como tantos outros. Mas, é preciso também dar um voto de confiança e a sociedade continuar cobrando para não cair no esquecimento”, declarou.

Segundo as responsáveis pela ONG, ainda não se sabe como aconteceu o envenenamento, já que a sede é cercada por telas. A suspeita é de que o crime foi praticado por vizinhos, a partir do oferecimento de alimentos envenenados aos animais. A Polícia Civil informou que a perícia oficial esteve presente coletando elementos que vão ajudar na investigação.

Os dois gatos resgatados com vida seguem em acompanhamento e estão evoluindo bem clinicamente, conforme a entidade.

No Brasil, a lei Sansão, de 2020, aumentou a pena para quem maltratar cães e gatos. Quem cometer esse tipo de crime pode pegar até cinco anos de prisão, além de pagar multa e ter a proibição de guarda.

Fonte: R7