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AFEGANISTÃO

Ex-fuzileiro que criou abrigo de animais em Cabul teme pelos animais e pela equipe

24 de agosto de 2021
Milena Barbosa | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Portal Contacto

Paul Farthing, fundador de um abrigo para animais em Cabul e ex-militar da marinha britânica, fez um apelo usando as redes sociais, ao governo do Reino Unido, para retirar do Afeganistão as pessoas que colaboram com ele no abrigo. Paul declarou que não os deixariam para trás para sofrerem algo que ocidente impôs. Por isso, ele pede para que os políticos britânicos retirem seus companheiros do abrigo no Afeganistão, afirma o portal Contacto.

Vale lembrar eu que estes refugiados não se incluem na lista prioritário do Executivo britânico, que numa primeira fase vai privilegiar a evacuação de intérpretes e pessoas que trabalharam para o Reino Unido.

Quinze anos de Nowzar

A instituição chamada Nowzad, criada pelo ex-fuzileiro, que serviu na província afegã de Helmand em meados dos anos 2000, foi inaugurada há 15 anos. Pouco visto no Afeganistão, o abrigo para animais abandonados e maltratados, ajudou a conscientizar a população sobre o bem-estar e vida dos animais no país.

De acordo com o portal Contacto, a instituição de caridade cuidou de mais de 140 cães e 40 gatos, que após tratados, juntavam-se a soldados que os resgataram durante as suas missões no Afeganistão. Além da clínica veterinária que seu abrigo possuía, onde mulheres veterinárias foram as primeiras qualificadas do país.

Portal Compacto

Entretanto, com a atual conjuntura que o país enfrenta, Farthing teme pelo seu futuro entregue ao talibã. “Penso que não há palavras para descrever o que sentem agora. O que se diz a alguém que provavelmente vai ser obrigado a casar com um combatente talibã e acabar por viver em casa, sem nunca poder sair e apenas a criar filhos com alguém que detesta”, declara o portal Contacto.

Portal G1

Segundo o portal, o ex-fuzileiro não acredita na moderação dos extremistas islâmicos, mesmo com as promessas anunciadas em relação à segurança e respeito pelas mulheres, e de não vingança de opositores e colaboradores de organismos e forças estrangeiras. Para Farthing, com a saída de países ocidentais que possuíam contingentes militares, principalmente os EUA e o Reino Unido, significou que os soldados mortos em combate com o talibã morrem em vão.

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