Lobo Pasolini (da Redação)
Um episódio que chamou a atenção esta semana foi a de uma ex-funcionária de uma grife canadense de bolsas vegetarianas (bolsas feitas de material sintético) que entrou na justiça dizendo que a empresa violou seus ‘direitos humanos’ ao proibi-la de comer carne nos recintos da empresa.
A companhia canadense Matt & Nat, responsável pela confecção de bolsas e cintos sem couro ou camurça e que recentemente fechou contrato com a Apple para a confecção de bolsas de laptop vegans, proibiu seus funcionários de trazer quaisquer alimentos de origem animal para o almoço. De acordo com a diretoria, seria estranho pregar o vegetarianismo nos produtos e não enfatizar uma alimentação vegetariana.
Segundo informações do jornal National Post, a ex-funcionária nunca teria sido proibida de comer carne, apenas fazia parte da política da empresa que não se comesse carne no ambiente de trabalho, o que a maioria dos funcionários, muitos onívoros, fazem sem problema.
“Esta empresa é uma empresa vegana e nós entendemos que seria estranho se tivéssemos carne e peixe circulando pela empresa”, disse Inder Bedi, o fundador e diretor criativo da Matt & Nat. “Eu não vou mentir, essa história se tornou uma piada no escritório”, ele disse.
O comitê de direitos humanos de Quebec disse que não vai investigar o caso como uma queixa de direitos humanos.
Segundo a empresa, potenciais funcionários da Matt & Nat são avisados no processo de entrevista sobre a regra em relação ao consumo de produtos animais nas dependências.
Nota da Redação: Esse é mais um caso da atual mentalidade do ‘é meu direito’ levado a um extremo insano que compromete a credibilidade de casos legítimos. Toda empresa tem suas limitações e isso é normal, faz parte do processo de construção de sua identidade. Vamos então processar nossos empregadores porque não podemos beber álcool e fumar no escritório?