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MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Europa sofre com piores inundações em mais de uma década, impulsionadas pela crise climática

21 de abril de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

A Europa enfrentou, em 2024, as piores inundações desde 2013, com cerca de 30% de sua rede fluvial afetada por enchentes de grande porte. O fenômeno, atribuído às mudanças climáticas provocadas pela queima de combustíveis fósseis, trouxe chuvas torrenciais e reforçou o alerta sobre eventos extremos cada vez mais frequentes no continente.

De acordo com um relatório conjunto divulgado recentemente pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, e pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), as inundações deixaram pelo menos 335 mortos e impactaram diretamente mais de 410 mil pessoas.

A região mais atingida foi a Europa Ocidental, que viveu um dos dez anos mais chuvosos desde o início dos registros em 1950. Os danos econômicos também foram expressivos: tempestades e enchentes geraram prejuízos superiores a 18 bilhões de euros ao longo do ano passado, consolidando-se como os desastres naturais mais custosos do continente.

O relatório também reforça um dado preocupante: 2024 não foi apenas o ano mais quente já registrado globalmente, mas também o mais quente da história da Europa — o continente que mais rapidamente sente os efeitos do aquecimento global. A temperatura média do planeta está agora cerca de 1,3°C acima dos níveis pré-industriais, impulsionada principalmente por atividades humanas.

“Cada fração adicional de grau de aumento de temperatura importa, porque acentua os riscos para nossas vidas, para as economias e para o planeta”, alertou a Secretária-Geral da OMM, Celeste Saulo.

Apesar do cenário alarmante, o relatório também trouxe sinais de avanço. Pela primeira vez, as fontes de energia renováveis geraram 45% da eletricidade da Europa, e a maioria das cidades europeias já conta com planos em andamento para lidar melhor com os impactos climáticos.

Ainda assim, os especialistas alertam: a intensificação dos eventos extremos em todo o continente exige ações mais urgentes e ambiciosas para frear o avanço da crise climática.

Fonte: Jornal Panorama Minas

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