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Europa proíbe uso de grandes símios como cobaias para pesquisa científica

8 de setembro de 2010
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A ciência será obrigada a deixar de utilizar na Europa os grandes símios em seus experimentos e terá que limitar ao máximo, de acordo com regras rígidas, o uso de outros animais, em uma decisão aprovada pelo Parlamento Europeu após dois anos de intensas negociações.

A nova regra proíbe o uso de chimpanzés, gorilas e orangotangos em experimentos científicos, enquanto o uso de outros primatas será objeto de uma “restrição estrita”.

A Eurocâmara aprovou, em termos gerais, que as experiências com animais sejam substituídas, na medida do possível, por um método alternativo cientificamente satisfatório. Os cientistas terão que trabalhar para que “a dor e o sofrimento infligidos sejam reduzidos ao mínimo”, afirma o texto aprovado em sessão plenária pelo Parlamento Europeu, com sede em Estrasburgo (França).

A norma, que tem prazo de dois anos para ser adotada pelos Estados europeus, completa uma lei aprovada em 2009 que proíbe os testes de produtos cosméticos em animais.

A eurodeputada parlamentar belga Isabelle Durant, verde, afirmou que “é possível reduzir o número de animais utilizados com fins científicos sem prejudicar a pesquisa”. Quase 12 milhões de animais são utilizados a cada ano com fins experimentais na UE.

Com informações do Terra

Nota da Redação: Já é sabido que a utilização de animais na experimentação científica, além de não ser ética e não respeitar os direitos animais, não atende ao que devem cumprir os estudos científicos. Temos recursos de sobra para fazer uma ciência ética, evoluída e realmente útil para a vida – sem utilizar animais como escravos a serem torturados em laboratórios. Animais são seres sencientes e sujeitos de direito. Essa medida aprovada pelo parlamento europeu é um passo importante, mas deve se estender a todas as espécies que ainda são vítimas dessa ciência retrógrada. O respeito à vida de todos os seres deve estar dentro de tudo que realizamos, em qualquer área do conhecimento, em qualquer escolha, ação ou gesto que praticamos.

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