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EXPLORAÇÃO ANIMAL

EUA relatam primeira morte humana por gripe aviária no país

8 de janeiro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

A recente morte de uma pessoa na Louisiana, EUA, por causa da gripe aviária H5N1, acende um alerta para os perigos da exploração animal na disseminação de doenças. Trata-se da primeira perda humana registrada no país, reforçando como o contato direto com animais explorados intensifica riscos de surtos e pandemias globais.

A vítima, com mais de 65 anos e problemas de saúde preexistentes, contraiu o vírus após exposição a aves doentes em um pequeno bando doméstico. Autoridades de saúde afirmaram que a mutação do vírus dentro do corpo do paciente levou a uma doença respiratória grave, resultando em hospitalização e morte.

Embora até o momento não haja evidências de transmissão entre humanos, especialistas alertam que o H5N1, assim como outras doenças zoonóticas, pode sofrer mutações que facilitem a propagação de pessoa para pessoa, desencadeando uma nova pandemia.

A gripe aviária, historicamente associada a aves selvagens e de criação, tem avançado para outros animais e até humanos, impulsionada pelas práticas intensivas da exploração animal. Fazendas industriais, quintais com aves domésticas e zoológicos são ambientes que potencializam a proliferação de patógenos.

A produção de leite e derivados também foi impactada, com casos recentes de gripe aviária detectados em vacas leiteiras. Autoridades sanitárias já realizam testes em produtos como leite, queijo e sorvete para rastrear possíveis contaminações.

Em paralelo, zoológicos nos EUA relataram surtos em animais como chitas, leões da montanha e gansos, destacando que até locais com confinamento “controlado” não estão imunes aos riscos.

Infecções humanas têm ocorrido principalmente entre trabalhadores que manipulam animais infectados. No entanto, especialistas alertam para a alta probabilidade de mutações que tornem o vírus transmissível entre humanos. Robert Redfield, ex-diretor do CDC, afirmou que a ocorrência de uma pandemia de gripe aviária é inevitável, dependendo apenas de “quando” ela acontecerá.

O crescente número de surtos e mortes entre animais e humanos é reflexo direto da forma como as indústrias tratam os seres vivos como recursos exploráveis. Sistemas intensivos de criação, onde animais vivem em condições insalubres e superlotadas, são caldeirões para o desenvolvimento de doenças.

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