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TRISTE REALIDADE

Estudos revelam práticas sistemáticas de maus-tratos animais na indústria leiteira

1 de outubro de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Durante décadas, as grandes marcas da indústria de laticínios construíram uma imagem publicitária de vacas felizes, livres e pastando ao sol, em um ciclo natural animal sem sofrimento ou maus-tratos.

Esta narrativa, repetida em embalagens e campanhas, busca ocultar o verdadeiro custo da produção de leite e maximizar os lucros econômicos. Mas por trás dessa imagem, a realidade é muito diferente.

Separação mãe-bezerro: laços rompidos desde o nascimento

A indústria de laticínios prioriza a extração de leite para consumo humano, ignorando o elo emocional entre vacas e bezerros.

Uma das práticas mais questionadas é a separação imediata dos bezerros. Logo ao nascer, os bezerros são isolados para que o leite materno seja destinado ao mercado.

Investigações da Igualdad Animal documentam como as mães e os bezerros se chamam e buscam por dias, expressando uma conexão emocional que o sistema produtivo interrompe sistematicamente.

Ciclos forçados e destino final

As vacas são inseminadas repetidamente até que seus corpos se esgotem e são enviadas para o matadouro.

A categoria de “vaca leiteira” não é natural: as vacas produzem leite porque são mães, e para isso devem ser inseminadas artificialmente várias vezes.

Quando seus corpos não suportam mais o ritmo de produção, são consideradas “esgotadas” e enviadas para o matadouro. Os bezerros machos, que não produzem leite, são destinados diretamente à indústria da carne.

Problemas de saúde e condições de alojamento

Alta produção, espaços reduzidos e estresse crônico deterioram a qualidade de vida das vacas.

  • Coxeira: causada por pisos duros e falta de mobilidade
  • Mastite: infecção dolorosa da úbere, muito comum em vacas de alta produção
  • Problemas metabólicos: como febre do leite e cetose, derivados do esforço pós-parto
  • Estresse crônico: afeta o sistema imunológico e a saúde geral
  • Confinamento: limita o descanso, causa lesões e restringe comportamentos naturais

Apesar de terem uma expectativa de vida de 20 anos, a maioria das vacas leiteiras morrem aos cinco anos, quando seus corpos já não conseguem mais manter o ritmo produtivo.

A informação é poder. Conhecer a realidade por trás da indústria de laticínios permite tomar decisões mais éticas e construir um sistema alimentar mais compassivo.

Fonte: Noticias Ambientales

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