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MAIS EMPÁTICAS

Estudos mostram que dar nomes e traços de personalidade aos animais pode mudar a visão das crianças em relação à carne

Representação de animais em mídias e histórias infantis, como a Peppa Pig, influenciam suas escolhas alimentares à medida que crescem

24 de julho de 2024
Júlia Zanluchi
1 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Atribuir nomes e qualidades individuais aos animais de fazenda pode influenciar significativamente a forma como as crianças os percebem, potencialmente alterando suas atitudes em relação ao consumo de carne.

Estudos da Universidade de Ciências Sociais e Humanidades de Varsóvia (SWPS), na Polônia, sugerem que quando as crianças humanizam os animais, dando-lhes nomes e traços específicos, elas tendem a vê-los mais como indivíduos únicos, e não meras fontes de alimento.

Em mídias e histórias infantis animais como Peppa Pig são retratados com personalidades e preferências distintas, promovendo uma conexão. A Dra. Aleksandra Rabinovitch, da Universidade SWPS, explica que crianças pequenas, alheias à origem da carne, muitas vezes veem os animais em termos de companhia em vez de consumo.

Um estudo envolvendo 208 crianças com idades entre cinco e seis anos explorou esse conceito, apresentando às crianças imagens de porcos e galinhas, algumas acompanhadas de descrições personalizadas. Por exemplo, um grupo viu um porco chamado Lelka, descrito com hábitos e preferências únicas, enquanto outro grupo recebeu descrições genéricas.

Os resultados foram surpreendentes: as crianças que viram descrições personalizadas eram mais propensas a perceber os animais como seres vivos únicos e eram menos inclinadas a considerá-los como alimento.

Resultados semelhantes surgiram com galinhas, onde as crianças que atribuíram traços e nomes humanizados a elas foram mais relutantes em consumir pratos à base de frango em comparação com aquelas que viam as galinhas em termos gerais.

Essas descobertas destacam o potencial da personalização em alterar as atitudes das crianças em relação ao consumo de carne. Ao associar os animais a identidades individuais, as crianças desenvolvem uma empatia mais forte por eles, o que pode influenciar suas escolhas alimentares à medida que crescem.

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