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Estudo técnico afirma que zoos propagam 23 doenças de ‘risco aos visitantes’

16 de outubro de 2019
2 min. de leitura
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Pixabay

O caso do ex-tratador de animais que adquiriu o fatal vírus da Herpes B no zoológico da capital federal acendeu o alerta de diversas outras doenças com risco aos funcionários e às famílias visitantes dos zoos do País, já que o trânsito de animais infectados ocorre sem controle entre os zoos do Brasil. Permanecendo sem falar e sem andar por uma década, o tratador escapou milagrosamente da morte. A doença em humanos pode ser transmitida até por um espirro de um primata, e tem 24 registros no mundo, 18 deles fatais.

O estudo técnico Programa em Pós-Graduação em Zoologia Tripanossomatídeos em mamíferos silvestres e potenciais insetos vetores no Zoológico de Brasília, de 2018 lavrado pelo biólogo Filipe Reis – diretor de mamíferos do zoológico da capital federal, que é categórico ao afirmar o descontrole de saúde dos animais que chegam e que saem no fluxo entre zoos do Brasil, relatando diversas outras doenças de gravidade humana transmitidas por esses animais: “Para a Fundação Jardim Zoológico é importante salientar o risco de transmissão destes parasitos não só para os outros animais do plantel, mas também para os visitantes e profissionais que atuam na instituição…”, conforme relatado na página 57 do documento que detalha 23 zoonoses desde e doenças infecciosas, bactérias e vírus – mazelas fortalecidas de forma cruzada entre espécies silvestres, exóticas, selvagens e domésticas que acometem pessoas. Na lista estão também duas formas de leishmaniose visceral, toxoplasmose, febre maculosa, brucelose, leptospirose, raiva e tuberculose, entre outras.

A presidente da Confederação Brasileira de Proteção Animal, Carolina Mourão, afirma que buscará a responsabilidade criminal e cível pela omissão da informação ao público pagante, e até mesmo aos funcionários que não recebem recomendações profiláticas ou do risco que assumem, conforme o próprio estudo recomenda. “Sempre houve a desconfiança de que os zoológicos eram área de risco sanitário, mas agora temos a comprovação cabal. Seria uma temeridade tirar uma criança sadia de casa para submetê-la ao risco de 23 doenças de risco humano a título de diversão ou o que seja”, enfatizou. A denúncia foi feita junto à Polícia Federal e órgãos do Executivo incluindo Ministério da Saúde e Justiça, que provavelmente serão chamados ao processo.

Leio os documentos na íntegra abaixo:

2018_FilipeCarneiroReis 24 PF PF1


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