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MITO

Estudo revela que elefantes não são imunes ao câncer; entenda

25 de fevereiro de 2025
Nathan Vieira
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Na última segunda-feira (24/02), um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que, ao contrário do que se pensava, elefantes não são imunes ao câncer. Embora possuam mecanismos avançados para combater a doença, pesquisas recentes indicam que esses gigantes enfrentam taxas de câncer proporcionalmente mais altas do que se imaginava.

A relação entre o tamanho corporal e a incidência de câncer foi tema de debate na biologia por décadas. Em teoria, animais maiores, como os elefantes, deveriam desenvolver câncer com maior frequência, pois possuem mais células e um maior número de divisões celulares ao longo da vida. Cada divisão celular representa uma oportunidade para mutações potencialmente cancerígenas.

Contudo, observações anteriores sugeriam que isso não acontecia, um fenômeno conhecido como Paradoxo de Peto. Essa aparente contradição levou cientistas a buscarem mecanismos biológicos que poderiam explicar por que animais grandes não apresentavam taxas de câncer proporcionais ao seu tamanho.

Elefantes não são imunes ao câncer

Mas esse novo estudo da Universidade de Reading mostra que os elefantes não são tão resistentes ao câncer como se acreditava.

Ao comparar taxas de câncer em 263 espécies, os pesquisadores concluíram que os elefantes têm uma incidência da doença similar à de animais que pesam apenas um décimo do seu tamanho, como os tigres.

Proteção contra o câncer

Mas isso não significa que os elefantes são desprotegidos contra o câncer. Para se ter uma noção, eles possuem cerca de 20 cópias do gene TP53, que atua como supressor de tumores, enquanto os humanos têm apenas uma.

Esse mecanismo ajuda a combater mutações cancerígenas e pode ser um dos fatores que permitiram a evolução de animais de grande porte sem um risco desproporcionalmente alto de câncer.

O fim do mito da imunidade ao câncer

Embora os elefantes possuam mecanismos sofisticados para combater o câncer, a ideia de que são imunes à doença é um mito.

Como vemos no estudo, na realidade, há uma relação direta entre tamanho corporal e incidência de câncer em vertebrados terrestres, derrubando a crença de que os elefantes sejam uma exceção absoluta a essa regra. Veja as descobertas na íntegra na revista PNAS.

Apesar de que os elefantes não são imunes ao câncer, a capacidade desses animais de desenvolver defesas contra mutações celulares pode ser a chave para novas estratégias de tratamento e prevenção do câncer em humanos.

Fonte: Canal Tech

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