Os oceanos agem como amortecedores para aliviar o acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera e, portanto, o aquecimento global. Porém, o processo também aumenta a acidez da água marinha e pode impactar a saúde dos organismos marinhos e do ecossistema oceânico.
Um novo estudo do oceanógrafo da University of Delaware Wei-Jun Cai ede colegas da Université Libre de Bruxelles, Texas A&M University-Corpus Christi, University of Hawaii em Manoa e ETH Zurich, mostra que a água das plataformas continentais possui uma quantidade maior do dióxido de carbono atmosférico, segundo o Science Daily.
As conclusões da pesquisa, publicadas na Nature Communications, podem ter implicações importantes para cientistas que querem compreender o orçamento global de carbono.
Compreender como o carbono flui entre a terra, o ar e a água é crucial para prever a quantidade de emissões de gases de efeito estufa que a terra, a atmosfera e o oceano conseguem tolerar durante um determinado período de tempo para manter o aquecimento global e as mudanças climáticas em patamares considerados toleráveis.
Os autores da pesquisa usaram dados históricos recentes e históricos dos últimos 35 anos para calcular as tendências globais da concentração de dióxido de carbono no oceano costeiro. A análise mostrou que, embora a quantidade de dióxido de carbono no oceano aumenta no mesmo ritmo que na atmosfera, as mesmas concentrações de dióxido de carbono têm um crescimento menor no oceano costeiro.