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Estudo revela o desconhecimento acerca do sofrimento dos golfinhos explorados em aquários

15 de julho de 2011
2 min. de leitura
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Por Danielle Bohnen (da Redação)
Foto: Reprodução/ AnimaNaturalis

Uma pesquisa realizada na Espanha em abril deste ano, por Ipsos a pedido da One Voice, uma organização francesa, e FAADA – Fundação para o Adoção, Apadrinhamento e Defesa dos Animais -, revela que os espanhóis pouco sabem a respeito dos golfinhos e aquários. Apesar das pessoas acreditarem que não é o melhor lugar para que vivam, a Espanha é o país com maior número de aquários da Europa. O turismo tem um papel importante para isso, segundo informa a ONG AnimaNaturalis em seu site.

Apesar de a maioria pensar que os espetáculos e o barulho dos espectadores estressam os animais (77%) e que os golfinhos ficam deprimidos nesse tipo de local (63%), assim como viver em cativeiro aumenta a taxa de mortalidade desses animais (57%), poucos sabem que os golfinhos têm graves problemas de depressão que chegam inclusive a automutilar-se e a suicidar-se (45%) e que para que realizem acrobacias durante o espetáculo, lhes é privado alimento para que o façam por fome (51%).

Apesar  de 56% dos espanhóis acreditarem que os aquários têm fatores pedagógicos, de acordo com um estudo ralizado pela FAADA sobre os espetáculos em diversos aquários, demonstra que o tempo de espetáculo destinado a oferecer uma mensagem educativa é quase nulo. 68% dos espanhóis acreditam que os aquários não contribuem à compreensão da maneira como vivem os golfinhos na natureza.

Quando se trata de posicionar-se  respeito da captura dos golfinhos, 77% dos espanhóis diz ser contra e 92% é a favor da proibição de caça e reclusão desses animais.

Tais resultados mostram a necessidade de informar a sociedade a respeito da vida desses animais em cativeiro e mudar a percepção de “animais simpáticos”, que oculta as condições de vida muito estressantes nos tanques e uma mortalidade muito elevada em cativeiro.

A expressão facial que os golfinhos apresentam, assemelha-se a um sorriso, o que leva as pessoas a antropomorfizarem esses animais, interpretando como um sorriso de fato, o que dá a impressão de que os golfinhos são felizes nos aquários. Os resultados refletem essa percepção, que mostra que 46% dos espanhóis acreditam que os golfinhos são realmente felizes em cativeiro. Ainda que 87% dos entrevistados acreditam que esses animais são mais felizes em liberdade.

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