Inalar fumaça de incêndio é algo extremamente perigoso, contudo, no caso de incêndios florestais perto de cidades, os incêndios florestais urbanos, respirar tal fumaça pode ser ainda pior. Ao menos, é o que revela um estudo recente publicado na revista Science Advances.
Segundo a publicação, os incêndios florestais em áreas urbanas têm três vezes mais chances de levar a uma morte prematura, do que os incêndios em áreas naturais. Isso porque, perto da cidade, a fumaça não se dispersa como deveria, atingindo mais rapidamente a população próxima.
Fumaça mais tóxica
Uma outra publicação, compartilhada pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês), em janeiro de 2025, também aponta para uma maior toxicidade da fumaça de incêndios florestais em áreas urbanas.
De modo geral, a fumaça de incêndios florestais é composta por uma mistura de poluentes bastante tóxica. Ela contém poluentes gasosos, como o monóxido de carbono, poluentes atmosféricos, vapor d’água e poluição por partículas, sendo esta última o principal componente da fumaça dos incêndios florestais e também a principal ameaça à saúde pública.
As partículas podem ter diferentes tamanhos, bem como variados componentes, o que inclui ácidos, compostos inorgânicos, produtos químicos orgânicos, fuligem, metais, partículas de solo ou poeira e materiais biológicos, uma variedade e concentração que são muito maiores nas cidades.
Dessa forma, a fumaça de incêndios urbanos pode causar graves problemas de saúde, aumentando, por exemplo, o risco de problemas cardiovasculares e respiratórios. Neste sentido, pessoas com doenças cardiovasculares ou respiratórias, idosos, crianças e gestantes são mais vulneráveis aos efeitos colaterais da inalação de tal fumaça.
Fonte: Um Só Planeta