Você já ouviu alguém que tem um gato dizer que o animal é o verdadeiro dono da casa? Segundo um novo estudo, os felinos, realmente, são os donos do pedaço.
E sabe de que maneira os gatos exercem esse “poder”? Por meio de um miado bem característico da espécie, aquele que se assemelha a um grito alto.
Essas conclusões foram apresentadas pela pesquisadora Karen McComb, da Universidade de Sussex, no Reino Unido, e publicadas na edição da revista Current Biology do mês de julho. Segundo ela, o som emitido pelos animais são difíceis de serem ignorados e, por isso, os tutores acabam cedendo a um pedido de alimento, por exemplo.
Estudos anteriores ao de McComb já haviam encontrado semelhanças entre o choro de um gato e o choro de um bebê. Por isso, a associar seu miado a um “choro”, o animal acaba produzindo um som impossível de ser ignorado pelo ser humano.
A pesquisadora, especializada em comunicação vocal de mamíferos, usou sua própria experiência para chegar a essa conclusão. Seu gato de estimação a acorda todas as manhãs com o mesmo miado. Após conversar com outros proprietários de gatos, ela descobriu que muitos usam a mesma tática para chamar a atenção dos seus tutores.
Porém, o estudo da manipulação dos miados não foi nada fácil. Diante de estranhos, os gatos não apresentavam o mesmo comportamento, ou seja, os miados eram usados por eles para chamar a atenção apenas de seus tutores.
A solução foi pedir para os tutores dos animais gravarem os miados de seus gatos quando eles pediam comida e não a encontravam.
Ao todo, miados de 10 gatos foram gravados e apresentados para pessoas que nunca haviam tido gatos. Eles julgaram que os miados eram um pedido urgente, que não deveria ser ignorado.
Para McComb, os gatos aprendem a exagerar dramaticamente quando isso se revela eficaz na geração de uma resposta do tutor. “De fato, nem todos os gatos se utilizam desta forma de rosnado em todas as situações. Esse comportamento é mais encontrado em animais que têm um relacionamento mais estreito com o tutor, principalmente aqueles que não vivem em uma casa com uma família grande, por exemplo”, afirma.
(Com informações da Época)