EnglishEspañolPortuguês

TORTURA

Estudo da NASA com golfinhos teve abuso sexual e suicídio

22 de julho de 2024
3 min. de leitura
A-
A+
Foto: Divulgação

Na década de 1960, a NASA financiou um experimento inusitado para entender melhor a relação entre humanos e golfinhos. O estudo, conduzido pelo neurocientista John Lilly, envolveu a convivência íntima entre a jovem Margaret Howe, de 22 anos, e o golfinho Peter. O desfecho do experimento culminou no suicídio do golfinho.

O que você precisa saber

1. Experimento da NASA: Nos anos 60, a NASA financiou um estudo para explorar a interação entre humanos e golfinhos, liderado pelo neurocientista John Lilly.

2. Convivência íntima: Margaret Howe, então com 22 anos, viveu com o golfinho Peter em um laboratório no Caribe para facilitar a comunicação e o aprendizado entre as espécies.

3. Interrupção do estudo: O estudo foi interrompido quando Lilly começou a injetar LSD nos golfinhos, resultando na perda de financiamento e no fechamento do laboratório.

4. Suicídio do golfinho: Após ser transferido para instalações inadequadas, o golfinho Peter cometeu suicídio ao parar de respirar intencionalmente, em outubro de 1966.

Os golfinhos são reconhecidos por sua inteligência e habilidades sociais, possuindo o segundo maior cérebro entre os mamíferos, atrás apenas dos humanos. Essas características, aliadas à capacidade de “sorrir” e interagir, fazem dos golfinhos um objeto frequente de estudos científicos. O neurocientista John Lilly dedicou sua carreira ao estudo dos golfinhos. Seu livro “Man and Dolphin” chamou a atenção do governo dos Estados Unidos e da NASA, que financiou suas pesquisas.

A convivência de Margaret e Peter

Com os recursos da NASA, Lilly instalou um laboratório na ilha de São Tomás, no Caribe. Margaret Howe, então com 22 anos, passou a viver com o golfinho Peter. Para manter Peter focado nas atividades, Margaret passou a suprir suas necessidades sexuais de forma manual. Em depoimento ao documentário “The Girl Who Talked to Dolphins”, ela relatou que era mais fácil aceitar e deixar acontecer, apesar de não considerar o ato sexual da sua parte, mas sim uma necessidade do animal.

O estudo foi interrompido quando Lilly começou a injetar LSD nos golfinhos, em um esforço para analisar os efeitos da droga no tratamento de doenças mentais. Sem resultados significativos, Lilly perdeu os recursos e fechou o laboratório. Em outubro de 1966, Peter e os outros golfinhos foram transferidos para o sul da Flórida, onde foram mantidos em condições inadequadas.

Margaret soube do suicídio de Peter através de uma ligação de Lilly. Sem espaço e com pouca luz, o golfinho parou de respirar intencionalmente. Golfinhos não respiram automaticamente como humanos; cada respiração é um ato consciente. Ric O’Barry, fundador do The Dolphin Project, explicou que os golfinhos podem optar por não respirar e morrer.

Este experimento levantou questões éticas e científicas sobre a pesquisa com animais. A convivência íntima e os métodos controversos utilizados por Lilly e sua equipe mostram os limites e os riscos da exploração científica. Embora o objetivo fosse entender melhor a comunicação entre humanos e golfinhos, os métodos utilizados e o trágico desfecho do experimento ainda geram debates na comunidade científica.

Fonte: Diário Carioca

    Você viu?

    Ir para o topo