Uma equipe de pesquisadores das universidades de Calgary (Canadá) e Huamanga (Peru) descobriu múmias de lhamas que foram sacrificadas pelos incas há mais de 500 anos em Tambo Viejo. Os animais foram enterrados vivos em uma cerimônia religiosa em homenagem a divindades. Estudos indicam que depois de seres humanos, lhamas eram os seres vivos mais importantes em sacrifícios cerimoniais e rituais espirituais.
Os incas acreditavam que ao matar os animais teriam sucesso nas colheitas, caças e o abrandamento de fenômenos da natureza. As centenas de lhamas escavadas em Tambo Viejo estavam adornadas com indumentárias tradicionais e não apresentavam nenhum sinal de ferimento ou doença. Eram animais perfeitamente saudáveis que foram condenadas a uma terrível morte por sufocamento embaixo da terra.
Colonizadores espanhóis documentaram que eram comum massacres em massa de lhamas. Segundo eles, os animais tinham as gargantas cortadas e agonizavam até a morte. Há também relatos de lhamas serem jogadas vivas em poços, com água ou vazios. A descoberta feita recentemente pelos arqueologistas sugere que os incas tinham ainda mais formas cruéis e aterradoras e dar fim à vida desses animais.
Além das lhamas, também foram encontrados fósseis de porquinhos-da-índia sacrificados, mas em menor quantidade. Crianças e adultos também eram enterrados vivos em cerimônias que pediam riqueza e apaziguamento. As escavações foram paralisadas em razão da pandemia de Covid-19, mas os cientistas ainda esperam encontrar novos túmulos de animais. As descobertas da pesquisa foram publicadas na revista Antiquity.