(da Redação)
Uma nova pesquisa abrangente sugere que não deveria haver conflito na convivência entre os grandes carnívoros e as populações humanas. Os dados obtidos levaram os pesquisadores a concluir que não existe nenhuma razão para que animais predadores não possam coexistir pacificamente com os humanos. As informações são do Ecorazzi.
“Não há conflito obrigatório entre os chamados ‘predadores’ e as pessoas”, diz Guillaume Chapron, da Universidade de Ciências Agrícolas de Riddarhyttan, na Suécia, e autor principal do artigo.
O estudo, uma extensa amálgama de investigação que abrange 26 países e envolve 76 autores diferentes, espera ajudar as pessoas a repensar todas as percepções negativas referentes a tais predadores. Centrando-se no continente europeu, a pesquisa acompanhou o crescimento da população do urso pardo, do lince eurasiático, do lobo cinzento e do Wolverine – concluindo que estas espécies têm aumentado em tamanho ou permanecido estáveis ao compartilhar território com os seres humanos.
“É uma história de sucesso de preservação”, acrescentou Chapron. Uma vez que a sua pesquisa diz respeito a dados quantitativos com relação à conservação ecológica, ele conclui que, se as populações desses predadores podem realmente sobreviver e crescer enquanto ocupam um território que é compartilhado com os seres humanos, então os seres humanos devem ser capazes de fazer o mesmo com estes animais.
Um artigo do New Scientist de agosto do ano passado aponta que, atualmente, há cerca de 12.000 lobos, 17.000 ursos marrons e 9.000 linces na Europa.
Segundo a reportagem, isso pode ser creditado em parte à Diretiva de Habitats, uma política de conservação europeia que tem procurado proteger os habitats específicos e espécies específicas. Foi um esforço que começou em 1992, mas tem visto mais membros da União Europeia se juntarem ao longo da última década, incluindo a Croácia, a Bulgária e a Romênia.