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DECLÍNIO POPULACIONAL

Estudo alerta que restam menos de 50 mil elefantes asiáticos no mundo

A organização responsável pela pesquisa diz que proteger a população de elefantes da Índia é muito importante para a sobrevivência da espécie.

22 de setembro de 2025
Mrityunjay Bose
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

Descrevendo os elefantes como “engenheiros das florestas”, a Wildlife SOS, uma organização sem fins lucrativos de conservação, informou que, globalmente, os elefantes-asiáticos são classificados como ameaçados de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), com menos de 50 mil restantes na natureza.

Portanto, proteger a população de elefantes da Índia é crítico para a sobrevivência da espécie, disse a Wildlife SOS, por ocasião do Dia de Apreciação do Elefante, em 22 de setembro.

Este ano, a Wildlife SOS destacou o papel vital dos elefantes na sustentação dos ecossistemas e pediu ações mais firmes contra a exploração e o abuso.

“Os elefantes são os engenheiros da floresta, moldando as paisagens, dispersando sementes e armazenando carbono. O seu forrageamento abre caminhos e clareia a copa das árvores, ajudando a luz do sol a alcançar plantas mais jovens. Como jardineiros da natureza, eles dispersam sementes de árvores grandes, que armazenam carbono, por meio de suas fezes, enriquecendo o solo e sustentando a biodiversidade. Ao apoiar a resiliência às mudanças climáticas e manter o equilíbrio ecológico, os elefantes protegem muito mais do que apenas sua própria espécie; eles ajudam a sustentar a própria vida”, disse a Wildlife SOS em um comunicado à imprensa.

“Os elefantes não são apenas símbolos do patrimônio cultural da Índia, mas também pilares de nossos ecossistemas. No Dia de Apreciação do Elefante, renovamos nosso compromisso de acabar com sua exploração e garantir que recebam a dignidade, a liberdade e os cuidados médicos que merecem. Apesar de sua importância, os elefantes na Índia continuam enfrentando ameaças. Muitos ainda são capturados ilegalmente, submetidos a abusos e condenados a uma vida de dificuldades e trauma”, disse Kartick Satyanarayan, CEO e cofundador da Wildlife SOS.

A Wildlife SOS está na vanguarda dos esforços para acabar com essa exploração por meio de iniciativas como a Campanha do Elefante de Rua (Begging Elephant Campaign), um movimento nacional para resgatar elefantes das ruas urbanas, rituais em templos e procissões de casamento, onde são usados para mendigância. Esses elefantes recebem cuidados médicos, reabilitação e a chance de viver em paz no Centro de Conservação e Cuidado de Elefantes da Wildlife SOS e no primeiro hospital de elefantes da Índia, em Mathura.

Desde o seu lançamento, a Campanha do Elefante de Rua resgatou elefantes como Manu, que sofre de cegueira total e feridas crônicas, e Hari, que apresenta deformidades articulares severas e cicatrizes profundas de abusos prolongados.

“A Campanha do Elefante de Rua visa mudar a narrativa para os elefantes em cativeiro na Índia. Cada elefante resgatado é uma vida transformada de correntes e abusos para a compaixão e o cuidado. Nossos santuários são exemplos vivos de como é a liberdade”, disse Geeta Sheshmani, cofundadora e secretária da Wildlife SOS.

Clínica móvel

Haathi Sewa, a primeira Clínica Móvel para Elefantes da Índia, marca outro marco. Lançada pela Wildlife SOS, ela leva cuidados médicos urgentes a elefantes em dificuldade por todo o país. Equipada com equipe veterinária especializada e instalações de tratamento, a Haathi Sewa leva healthcare diretamente aos elefantes que, de outra forma, permaneceriam negligenciados. Desde o seu lançamento, a Haathi Sewa tratou mais de 130 elefantes em vários estados, abordando condições que variam de feridas infectadas a lesões graves.

Baiju Raj M.V, diretor de Projetos de Conservação da Wildlife SOS, acrescentou: “Haathi Sewa é uma iniciativa inovadora que leva cuidados veterinários aos elefantes necessitados, não importa quão remota seja sua localização. Esta clínica móvel está preenchendo uma lacuna crucial e dando a esses animais uma chance de lutar por uma vida melhor.”

Traduzido de Deccan Herald.

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