Um movimento de estudantes chineses tem causado estranhamento na China. Em um país onde se costuma comer tartarugas, crocodilos, cobras e escorpiões, ativistas estão tentado salvar esses animais da extinção e da mesa dos restaurantes. Segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, eles têm atuado sobretudo no monitoramento de restaurantes e mercados, denunciando eventuais vendas de espécies ameaçadas e tentando mudar os hábitos dos consumidores.
Entre os novos grupos protetores dos animais, está o Projeto de Reabilitação da Tartaruga Asiática, criado no início deste ano. De acordo com os membros, o objetivo do grupo é cruzar a barreira entre a cultura em que eles foram criados e as preocupações globais de conservação com as quais eles tiveram contato na escola ou na internet. “Quase ninguém em Guangzhou percebe que isso é um centro de comércio ilegal de vida selvagem”, disse ao jornal Luo Xinmei, um estudante local. Guangzhou é a capital da província Guangdong, a mais rica da China – e com o maior apetite para animais exóticos.
Uma das maiores explicações para esse costume chinês está da medicina tradicional do país, que atribui propriedades de cura a diversos animais. As tartarugas são os animais mais ameaçados, pois sua carne é associada à longevidade. “Tentamos mostrar às pessoas que as tartarugas não são apenas animais de estimação e nem apenas comida”, disse a ativista Wen Zhenyu. “Elas também são amigas dos humanos”.
Fonte: Veja