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LEALDADE

Estudantes estrangeiros se recusam a deixar a Ucrânia sem seus animais

9 de março de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Arun Sankar | AFP

O investimento em educação de qualidade na Ucrânia atraiu estudantes e pesquisadores de várias partes do mundo, que encontraram no país do leste europeu instituições de ensino que prezam pela produção de conhecimento em tecnologia. Sozinhos em um novo lar estrangeiro, muitos estudantes adotaram animais para serem seus companheiros nessa nova jornada, mas com a chegada da guerra e a intensificação dos conflitos, muitos sonhos foram desfeitos e, agora, esses jovens querem retornar em segurança para seus países natais, mas com uma condição: na companhia dos seus queridos e amados animais domésticos.

Estudantes indianos e marroquinos estao usando as redes sociais para desabafar os dilemas de deixar suas carreiras, proteger as próprias vida e zelar pela segurança dos seus animais, que, em hipótese alguma, podem ser abandonados. O estudante natural de Kerala, Índia, Akhil Radhakrishnan, se recusou a deixar a Ucrânia sem sua amada gatinha, Ammini. Com a ajuda de ativistas, ele conseguiu tirá-la do país. “Ela é muito adorável e eu não consigo me separar dela e estou feliz que a Embaixada da Índia na Ucrânia agora está me permitindo levá-la junto”, disse o universitário.

Foto: Fadel Senna | AFP

Radhakrishnan estudava na Universidade Nacional de Medicina de Kharkiv e fez uma jornada exaustiva de duas semanas com a gatinha no colo para deixar a Ucrânia e pegar um voo fretado especial para refugiados enviado pela Índia. Arya Aldrin, outra estudante de Kerala, que estudava na National Pirogov Memorial Medical University, caminhou por 20 km em meio a uma nevasca levando sua cadelinha, Zaira, no colo. Depois da viagem exaustiva e perigosa, as duas chegaram até uma estação na Romênia, onde também aguardam por transporte para a Índia.

Imagens registradas no Aeroporto Internacional Mohammed V, no Marrocos, mostram animais domésticos chegando com os seus tutores no país e reencontrando seus familiares. Pelos menos 300 universitários já voltaram para casa. O caso mais emblemático, sem dúvidas, foi o do indiano Rishabh Kaushik, que conseguiu o apoio da PETA para convencer o governo indiano a flexibilizar as fronteiras e permitir que refugiados entrem no país com seus animais domésticos sem documentações obrigatórias. Além da Índia e do Marrocos, República Tcheca, Lituânia, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia também permitiram a entrada de tutores e animais sem burocracias em razão da guerra.

Momento de união

Junto a outras organizações em defesa dos direitos animais de todo o planeta, a ANDA apela aos líderes europeus que permitam a entrada de tutores e animais em seus países e enviem toda ajuda necessária para que os animais que estão em abrigos na Ucrânia tenham acolhimento seguro, alimentos, medicamentos e todo os cuidados que precisam.

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