Os estudantes do 1º ano do ensino médio do Colégio Nossa Senhora da Medianeira, de Candelária, realizam, na próxima terça-feira, o lançamento da campanha publicitária sobre adoção de animais. A apresentação acontece às 8h30 no auditório da escola. Durante um mês, os jovens tiveram que pesquisar sobre um assunto polêmico. O grupo composto por seis estudantes – Carlos Maximiliano Martins, Leonardo Wernz, Lucas Mainardi, Régis de Oliveira Júnior, Rubens de Moraes Müller e Willian Gelsdorf Volmer – decidiu correr atrás e ajudar o Projeto Sara – Sociedade Amiga do Reino Animal.
A idealizadora do Sara, Olga Maria, abriga em sua casa cerca de 120 animais. O trabalho começou em 2002 com 11 voluntários, tendo como objetivo inicial a conscientização das pessoas sobre a importância de cuidar dos animais. O encontro de terça-feira serve para a apresentação do Projeto Amigos do Peito, criado pelos estudantes para que os alunos conheçam a história do Sara.
A primeira atividade do novo projeto também será na terça-feira. Aqueles que ainda não possuem animais terão a oportunidade de adotar um cão ou gato. Haverá uma exposição de animais na escola, a fim de incentivar os alunos quanto à importância da adoção.
A atividade em classe exigiu que os jovens desenvolvessem uma campanha publicitária, enfatizando a liderança e mostrando que atitudes simples podem fazer uma grande diferença. Em seguida, os alunos precisaram fazer um pequeno projeto para aplicação em sala de aula. Mas a coordenadora e orientadora do trabalho, professora Áquelle Schneider, explica que o grupo foi muito além e correu atrás de uma história de luta. Agora, realizará trabalhos de voluntariado dentro da escola que envolverão estudantes, professores, funcionários e a comunidade.
Realidade
Todos os anos, no Brasil, são abandonados cerca de 20 milhões de animais. Destes, 90% nunca encontram um lar. Candelária tem atualmente cerca de 27 mil habitantes e em três anos foram abandonados mais de 800 bichos, segundo os dados da Secretaria de Meio Ambiente na cidade. Não há um canil municipal. Somente a casa de dona Olga abriga animais que foram encontrados nas ruas.
Fonte: Gazeta do Sul