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Estudantes do Ensino Médio fazem excursão para protestar contra os maus-tratos aos animais em circos

4 de dezembro de 2010
3 min. de leitura
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Por Camila Arvoredo  (da Redação)

Foto: Pioneer Press

Segundo o jornal “Pioneer.press”, a primeira lei de Newton (da inércia) colidiu com a Primeira Emenda de uma escola suburbana de Ensino Médio americana do norte do país, onde defensores dos direitos dos animais protestaram contra uma excursão ao circo realizada pelo curso de Física.

A vivência em ativismo social possuía a combinação perfeita de valores. Os estudantes ativistas da escola de Ensino Médio “Derfields” procuravam por uma causa pela qual lutar, solicitando uma excursão ao estádio “United Center” para protestar contra os tratamentos dados aos animais dos circos “Ringling Bros.” e “Barnum & Bailey Circus”.

O direito à excursão foi negado, segundo a último-anista Leah Weiss, mas os estudantes descobriram que alunos do curso de física avançada estavam aguardando a ida ao espetáculo circense “O Maior show do Mundo”(“The Greatest Show on Earth”) para a observação de acrobacias de alta performance.

“Nós ficamos revoltados ao ouvir que todos iriam ao circo, mas que nós não poderíamos sair para protestar”, disse Weiss.

Com os conselhos do professor de artes Tim Bleck, os estudantes organizaram um protesto, de qualquer maneira. Entretanto, eles não poderiam fazê-lo fora da escola e pensaram que seria melhor manter a manifestação no campus.
Assim, por vários dias consecutivos da última semana, conforme estudantes, pais e professores passavam pelos corredores, uma pequena multidão de manifestantes parados na calçada da Avenida Waukenam com o estacionamento do colégio apareciam segurando placas e pedindo aos transeuntes que boicotassem o circo.

“Eu acho que ninguém aprova propositalmente ou maliciosamente os maus-tratos contra animais”. “Eu acho que há muita falta de conhecimento sobre estas questões”, disse Bleck, o qual classifica o circo como uma “um estúpido espetáculo de tortura animal” e acredita que elefantes, tigres e outros se apresentam pelo medo que têm das represálias físicas. “Nós precisamos educar e eu estou dizendo (a administração) que o nosso objetivo é de fato educar”.

Janice Aria, diretora da organização “Desenvolvimento para com os animais de circo” (Animal Stewardship for the Circus), refuta alegações de abuso encontradas em sites como o “RinglingBeatsAnimals.com”. Ela disse que o “Ringling Bros.” contrata adestradores que sabem treinar e têm amor pelo cuidado aos animais alem disso, as alegações são “totalmente não baseadas em fatos reais”.

Professora por aprendizado, Ária adicionou que para ela “o valor educacional do circo se aprimorou em relação ao tempo em que iniciou a carreira”.

No fim, responsáveis pela administração da escola concordaram que o circo tem um valor educacional e a excursão de física terminou por acontecer.

Mas estudantes aprenderam uma lição de cidadania. “O jeito como nós vemos isso é um exemplo saudável de democracia e liberdade de expressão”, disse Sue Hebson, assistente superintendente para instruções e relações públicas.

Até este ponto, é difícil dizer qual o efeito que os protestos causaram nas políticas relacionadas a futuras excursões. “Nós estamos sempre procurando jeitos de discutir o currículo com os estudantes, mantendo-o vivo e autêntico em circunstâncias que eles conhecem e entendem”, disse Hebson. “Esta decisão possuiu um lado diferente, uma questão diferente que obviamente não foi considerada inicialmente”.

“Nós sentimos como se tivéssemos causado algum impacto. Nós certamente causamos uma confusão, disse o último-anista Shari Ex. “Nós descobrimos que é bem raro quando pessoas protestam pelo que acreditam. Uma oportunidade como essa nos deu uma chance de fazer a diferença e não somente de falar sobre isso”.

Os protestos produziram um ultimo resultado: um novo clube na Escola Derfield. “Nós estávamos tentando iniciar um clube que discutisse sobre os direitos dos animais. Agora, eu acho que nós acabamos de realizar a nossa primeira reunião”, disse Weiss.

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