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Estudantes desenvolvem utensílio biodegradável que substitui o plástico

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28 de fevereiro de 2021
Gustavo Henrique Araújo | Redação ANDAGustavo Henrique Araújo | Redação ANDAGustavo Henrique Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Estudantes de uma escola pública de São Paulo apresentaram uma alternativa sustentável aos utensílios descartáveis feitos de plástico: materiais formados a partir do tubérculo chamado cará.

As alunas de 17 anos da Escola Técnica Estadual (Etec) Conselheiro Antonio Prado, em Campinas, Manuella Cristina Rodrigues Gonçalves e Mariana Caciatore Cardoso, não aceitaram a quantidade de lixo após uma festa com pratos, talheres e copos feitos de plástico, este mais resiste à decomposição na natureza.

Após realizarem pesquisas, elas desenvolveram um biopolímero a partir do amido extraído do cará-moela, uma espécie de tubérculo que nasce em uma planta trepadeira.

“Utilizamos vinagre no lugar dos ácidos, forno convencional em vez de estufa e liquidificador em substituição ao agitador magnético. Mesmo no improviso, conseguimos chegar a um modelo eficiente de prato biodegradável”, explica Manuella.

Como resultado, as estudantes obtiveram um material com textura gelatinosa e estrutura próxima aos produtos plastificados, suficientemente adequado para criar o projeto Bioutensílios.

“Além de possibilitar um alto rendimento, a planta se reproduz com facilidade e o nosso processo de produção é bem simples, permitindo a criação de um material mais sustentável e de valor competitivo para substituir o plástico”, completou.

Segundo as alunas, a decomposição dos bioutensílios à base do vegetal ocorre em aproximadamente seis meses, enquanto o plástico pode demorar centenas de anos para desaparecer completamente do meio ambiente.

Com orientação da professora Martha Favaro, a proposta das estudantes do curso técnico de Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio foi apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), no final do ano passado.

“O curso prepara cidadãos com um olhar crítico para a importância da preservação ambiental como forma de garantir o futuro das novas gerações”, afirma a professora.

Em dezembro do ano passado, o projeto foi premiado na 8ª Mostra de Ciências e Tecnologia do Instituto 3M, ficando com o segundo lugar na categoria Ciências Exatas e da Terra.

Elas também estão entre os 19 finalistas do Centro Paula Souza (CPS) classificados para a 19ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que será realizada em formato virtual, entre os dias 15 e 27 de março.

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