Os estudantes do curso de medicina veterinária da Universidade Federal de Alagoas, campus Viçosa, estão acampados na reitoria desde a última terça-feira, 22. Eles protestam contra a falta de salas, laboratórios e do hospital veterinário.
Nesta sexta-feira, 25, eles começaram o atendimento aos animais, através de um hospital improvisado no pátio da Reitoria. “O hospital veterinário improvisado aqui, funciona da mesma forma lá em Viçosa. Não temos a mínima condição de estrutura para a nossa educação e para realizar atendimentos para a sociedade”, explica o estudante Cícero Fernandes de 18 anos.
“O material que temos para fazer atendimento é fruto da doação dos professores. Até a água que bebemos é paga pelos professores. Água fornecida pela universidade é só uma vez por semana. Quando acaba, ficamos com sede”. Revela o estudante. A ocupação, que não tem prazo para terminar, é uma forma que os estudantes do curso encontraram para chamar a atenção da reitora Ana Dayse Dórea sobre os problemas que o curso enfrenta.
Implantado há cinco anos e com a primeira turma prestes a se formar, os alunos não contam com a estrutura mínima para assegurar uma formação de qualidade. No campus em Viçosa, faltam salas, laboratórios, livros e o hospital veterinário, principal reivindicação do protesto.
“Há um ano a Reitoria e a empresa Cartol tem o contrato para a construção do hospital. Mas até agora, nem o alicerce foi feito. A empresa diz que falta o projeto arquitetônico que seria de responsabilidade da Reitoria, que diz que o projeto deveria ser da Cartol”, declara Cícero. Ainda de acordo com os estudantes, a reitoria entregou o pedido de rescisão de contrato para a empresa, que deve se posicionar em um prazo de cinco dias.
“O que nós queremos é que os prazos sejam cumpridos. É dever da universidade garantir a nossa qualidade de formação. Esse protesto é para chamar a atenção das pessoas, que pagam os impostos em dia. Estamos estudando graças a eles, e vamos retribuir isso como profissionais. Mas para isso, devemos nos formar com dignidade”, concluiu o estudante.
Na segunda-feira, 28, os estudantes de medicina veterinária se reunirão com os representantes do Conselho Universitário, CONSUNI, e esperam que medidas e prazos oficiais para os problemas sejam apresentados.
Fonte: Primeira Edição