Professores de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) repudiaram o vídeo em que alunos da instituição maltratam uma vaca puxando o rabo dela. A reitoria e a Polícia Civil estão apurando o caso.
A professora Karla Greick, diretora adjunta de ciências médicas e da vida, disse que o curso tem como um dos princípios o cuidado aos animais. “Vim manifestar o meu repúdio contra qualquer ato de maus-tratos. Nós esperamos com muita sinceridade que os envolvidos em maus-tratos aos animais, sejam domésticos, silvestres, recebam as devidas punições”, disse.
Já a coordenadora do curso de medicina veterinária, Maria Ivete, disse que a universidade trabalha com o tema do bem-estar animal desde os primeiros períodos e que as atitudes dos alunos não representam esses princípios.
“Nós estamos trabalhando para que esses estudantes recebam a devida punição”, afirmou.
A PUC-GO disse em nota que a reitoria assistiu o vídeo e abriu um procedimento disciplinar para identificar os alunos e determinar as sanções pertinentes.
O delegado Luziano Carvalho, titular da Delegacia Estadual de Meio Ambiente (Dema), disse que vai investigar as imagens porque o caso pode caracterizar o crime de abuso, que tem pena de multa e detenção de até um ano.
Vídeo
As imagens mostram alunos cercando a vaca no pasto da universidade. Ela tenta fugir, mas não consegue. Um estudante puxa o rabo do animal, que corre para outro lugar. O acadêmico continua segurando o rabo e é arrastado por alguns metros.
Após a vaca conseguir fugir dele, o estudante a cerca num canto do pasto e monta em cima dela por algum tempo.
A presidente da Comissão Especial de Proteção e Defesa Animal da Ordem dos Advogados de Goiás (OAB-GO), Pauliane Rodrigues, disse o caso pode ser enquadrado no artigo 225 da Constituição Federal, que veda atos de crueldade contra os animais.
“As pessoas estavam induzindo o animal ao sofrimento a partir do momento que puxam o rabo dele. Isso é um tipo de crueldade, a pessoa dobra o rabo do animal e senta nele”, declarou a advogada.
Fonte: G1