O estudante de odontologia, que foi preso na última segunda-feira (24) após postar numa rede social um vídeo abusando sexualmente de uma cadela, foi solto em Cuiabá. O pedido feito pela defesa do universitário foi deferido pela juíza Flávia Catarina Oliveira de Amorim, segundo o advogado Rodrigo Lázaro.
O rapaz de 30 anos teve o mandado de prisão temporária (5 dias) cumprido logo após prestar depoimento da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), onde o caso é investigado. Ele foi indiciado por maus-tratos de animais e associação criminosa, uma vez que há indícios de envolvimento dele com uma rede de zoofilia, e foi encaminhado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, no Bairro Carumbé.
Segundo o advogado, a defesa pediu à Justiça para que o rapaz respondesse ao inquérito em liberdade pois alegou que ele se apresentou espontaneamente à polícia, prestou depoimento e esclareceu sobre o vídeo e a divulgação do material e tem residência fixa.
O estudante foi solto no mesmo dia em que o delegado Gianmarco Paccola, que investiga o caso, pediu à Justiça a prorrogação da prisão do rapaz por mais cinco dias, alegando que, fora da prisão, há potencial risco à integridade física do estudante, diante das ameaças sofridas por ele após a divulgação do vídeo.
O caso
O vídeo que o próprio estudante gravou circulou na semana passada nas redes sociais e causou revolta. Várias ONGs de proteção aos animais manifestaram repúdio e cobraram Justiça. Após a divulgação do vídeo, o rapaz deixou a casa dele e ficou na casa de amigos até a data da sua prisão.
Dois cães do estudante, que estavam na casa de uma amiga dele, no Bairro Pedra 90, foram resgatados no sábado (22). Já a cadela que aparece no vídeo foi encontrada no dia 25. Os três animais serão entregues para uma entidade de proteção aos animais, segundo informou a Polícia Civil.
O estudante contou à polícia que a cadela que aparece no vídeo se chama “Branquinha” e estava havia cerca de quatro meses na casa dele, após ter sido resgatada das ruas. O completo teor do depoimento, no entanto, não será divulgado para não prejudicar a investigação, segundo a Polícia Civil.
Fonte: G1
