Onze cobras, 10 tartarugas, sete aranhas e duas iguanas. Todos estes bicho viviam, até esta quinta-feira, em um quarto entre caixas plásticas, aquários e papelões.

O responsável pelos animais, que não teve o nome divulgado pela polícia, era um estudante de veterinária de 22 anos, morador do Parque Iracema, em Catanduva. A irregularidade foi descoberta ontem por agentes da Polícia Federal de Rio Preto que entraram na casa depois de receber denúncia anônima.

“Não encontramos nenhuma nota, agenda ou algo que pudesse caracterizar o tráfico dos animais”, disse o delegado William Murad, que conduziu o caso.

O universitário se limitou a dizer que era um colecionador e que “cuidava bem” dos animais. Ele disse à polícia que conseguia os animais com moradores da zona rural da cidade e que também trocava alguns com amigos.

Depois da apreensão, os animais ficaram à disposição do Ibama, que os encaminhou ao Zoológico de Rio Preto, onde eles devem ficar.

De acordo com Murad, o universitário vai responder por manutenção de animal silvestre em cativeiro sem autorização. A pena para o crime é de seis meses a um ano de prisão.

Antes de deixar a delegacia ele ainda pediu, sem sucesso, para ver as fotos dos animais. “Nunca mais vou vê-los. Adoro eles. É uma pena”, lamentou.

Segundo funcionários do Zoológico, os animais não apresentavam sinais de maus-tratos. O universitário vai responder em liberdade.

Fonte: Rede Bom Dia