Imagens registradas no Miami Seaquarium, na Flórida (EUA), mostram um golfinho profundamente estressado investindo contra o próprio treinador, que o obrigava a realizar acrobacias em uma prancha de surf. O golfinho Sundance tem 23 anos e vive aprisionado no aquário desde que nasceu. Ao ver a reação do animal, todos os treinadores que estavam na piscina correm. O vídeo foi registrado por um homem que estava na plateia e não mostra o que ocorreu com o golfinho depois.

O animal é frequentemente abusado e forçado a participar diariamente do show Flipper, que tem como foco entreter turistas, principalmente crianças. Muitas pessoas que estavam na plateia questionaram o que motivou o comportamento do golfinho e delinearam a teoria que o animal estivesse doente, com dor ou profundamente desconfortável. O treinador sofreu ferimentos leves e foi levado para um hospital local. O Miami Seaquarium tentou distorcer o episódio.

Em um comunicado à imprensa, o aquário afirmou que o animal e o golfinho colidiram acidentalmente, mesmo a câmera mostrando que após o primeiro ataque, Sundance fez mais duas investidas demonstrando claramente que não queria realizar as acrobacias. “Esta foi uma interação desconfortável para ambos e o golfinho reagiu rompendo com a rotina e batendo no treinadoe”, disse a assessoria de imprensa do Seaquarium, que tem sede no México.

Confira o vídeo abaixo:

@scphoto_ky A dolphin trainer was just attacked by Flipper. Police just arrived. 🙁 #dolphinattack #miami #seaquarium ♬ original sound – SCPhoto_KY

Uma investigação foi aberta por autoridades policiais a pedido de ativistas em defesa dos direitos animais. O Seaquarium é alvo frequente de denúncias de maus-tratos aos animais que vivem aprisionados em seus aquários. Há um relatório de 17 páginas que cita inúmeras violações do bem-estar animal – incluindo alimentar os animais com peixes podres e manter a orca Lolita em um tanque em ruínas por mais de 25 anos em condições precárias.

A PETA publicou uma nota de repúdio ao caso do golfinho. “O tempo acabou no Miami Seaquarium, onde golfinhos sofridos precisam desesperadamente de proteção e os trabalhadores estão em risco. A PETA pede que este parque de abuso [sic] acabe com a exploração de golfinhos, colocando-os em santuários o mais rápido possível”, finalizou.