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LEGISLAÇÃO

Estados Unidos dá um passo importante para a proteção de cavalos selvagens no país

Reintrodução de uma antiga lei vai proibir que cavalos sejam mortos para consumo 

1 de março de 2025
Júlia Zanluchi
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Em uma importante decisão para os animais, o Save America’s Forgotten Equines (SAFE) Act, Lei Salve os Equinos Esquecidos da América em português, foi reintroduzido nos Estados Unidos na quinta-feira (27/02). Essa lei protege permanentemente os cavalos americanos —tanto domésticos quanto selvagens — de serem mortos para consumo.

O SAFE Act busca expandir a Lei de Proibição de Carne de Cães e Gatos de 2018, que proibiu a morte de cães e gatos para consumo, para incluir os equinos. Se aprovado, o projeto de lei proibiria o assassinato de cavalos nos EUA e acabaria com a exportação desses animais para abate em mercados estrangeiros.

Esse importante projeto foi reintroduzido pelos senadores americanos Lindsey Graham (R-S.C.) e Ben Ray Luján (D-N.M.), juntamente com os deputados Vern Buchanan (R-FL) e Jan Schakowsky (D-Ill.).

Embora essa legislação seja um passo crucial para proteger os cavalos selvagens nos EUA, esses belos símbolos do patrimônio selvagem americano permanecem particularmente vulneráveis ao abate devido ao programa de captura e remoção em massa do Bureau of Land Management (BLM).

A operação financiada pelos contribuintes do BLM, que custa US$ 150 milhões anualmente, criou uma crise de confinamento, com mais de 66 mil cavalos e burros selvagens mantidos em instalações governamentais—um número que agora supera a população de cavalos selvagens que ainda vivem livres.

Para enfrentar essa crise, o BLM lançou o Programa de Incentivo à Adoção (AIP), oferecendo US$ 1.000 por cavalo ou burro selvagem adotado. No entanto, uma investigação detalhada da American Wild Horse Conservation (AWHC)—a principal organização de conservação de cavalos selvagens do país—revelou fraudes e abusos generalizados, mostrando que muitos cavalos adotados estavam sendo enviados para abate visando lucro. Essa descoberta alarmante foi exposta em uma reportagem de capa do The New York Times.

A AWHC está dedicada a proteger os cavalos e burros selvagens americanos, garantindo que permaneçam livres como parte de nosso patrimônio nacional. Além de defender um manejo humano e baseado em ciência, a AWHC opera o maior programa de controle de fertilidade de cavalos selvagens do mundo na Virginia Range, em Nevada, oferecendo uma alternativa sustentável às capturas caras e cruéis.

No dia 1º de março, a AWHC liderará um esforço nacional para coletar 50 mil assinaturas em uma petição que exige o fim imediato das capturas com helicópteros, que aterrorizam, ferem e matam cavalos selvagens.

“A AWHC celebra a reintrodução desse importante projeto de lei neste momento crítico, enquanto nos preparamos para um dia nacional de ação em celebração ao Dia Nacional de Proteção aos Cavalos, em 1º de março”, disse Suzanne Roy, diretora executiva da AWHC. “O SAFE Act é um passo crucial para garantir que nenhum cavalo—selvagem ou doméstico—enfrente a brutalidade do abate, e pedimos que o Congresso aprove essa legislação que salva vidas.”

Os cavalos selvagens são um símbolo vivo do espírito indomável da América, mas enfrentam ameaças implacáveis das capturas governamentais, dos interesses comerciais e do perigo iminente do abate. A reintrodução do SAFE Act é um passo vital para garantir que esses animais icônicos sejam permanentemente protegidos—mas é necessária ação urgente para parar as capturas e garantir seu futuro na natureza.

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