Por Rachel Siqueira (da Redação)
O debate sobre lobos cinzentos do estado de Michigan, nos Estados Unidos, serem protegidos ou não como espécie ameaçada de extinção provavelmente virá à tona novamente, uma vez que o “U.S. Fish and Wildlife Service” anunciou que tentará remover proteções federais para os lobos.
Até abril, funcionários do “U.S. Fish and Wildlife Service” apresentarão uma proposta para colocar a gestão dos lobos cinzentos nas mãos de agências estatais em Michigan, bem como em Minnesota e Wisconsin. Não é a primeira vez que fazem essa tentativa, tendo a última das quais se dado em abril de 2009.
Funcionários federais acreditam que há um número suficiente de lobos na região dos Grandes Lagos para justificar sua retirada da lista de espécies ameaçadas.
No tribunal federal, até o momento todas tentativas de cessar a proteção aos lobos foram frustradas. “Estamos fazendo nosso melhor para desenvolver algo que seja cientificamente correto e legalmente defensável”, disse Georgia Parham, porta-voz regional do “U.S. Fish and Wildlife Service”.
Nos últimos anos temos visto cada vez mais relatos de aparecimentos de lobos na Península Baixa, mas não há debate a respeito do lobo aqui estar em número grande o suficiente para manter uma população reprodutora.
O diretor-executivo da “Wildlife Conservancy Michigan”, Dennis Fijalkowskis, disse que os números de lobos cinzentos na Península Baixa têm crescido. Como resultado, ele apoia os esforços de retirada do lobo cinzento da lista de espécies ameaçadas.
“A Lei de Espécies Ameaçadas não permite qualquer ‘recolhimento’ dos lobos, exceto sob circunstâncias extraordinárias, tais como uma ameaça à vida humana”, disse Dennis Fijalkowski, complementando: “É preciso haver mais flexibilidade do que isso.”
Como exemplo, ele apontou o caso de agricultores da Alta Península, que estão proibidos de matar lobos, mesmo quando atacam animais.
Uma crescente população de lobos na Península Baixa significaria interações mais problemáticas com o gado e, potencialmente, com seres humanos. “Eles têm de ser ‘recolhidos’ e controlados de alguma forma, ou realmente teremos problemas”, alega Fijalkowski.
As informações são do jornal “Det News”.