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POLUIÇÃO DOS MARES

Estados insulares buscam proteção climática por meio de Direito do Mar

Países entraram com ação em tribunal da Alemanha pedindo que emissões de gases de efeito estufa absorvidas pelos mares sejam consideradas forma de poluição e incluídas em convenção da ONU

12 de setembro de 2023
Redação Um só planeta
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Começaram nesta segunda (11) as audiências do caso em que pequenas nações insulares – que vêm sendo desproporcionalmente afetadas pela crise climática – enfrentam países com emissões elevadas de gases de efeito estufa num tribunal em Hamburgo, na Alemanha. As nações – incluindo as Bahamas, Tuvalu, Vanuatu, Antígua e Barbuda, entre outras – pedem ao Tribunal Internacional do Direito do Mar (Itlos) que determine se as emissões absorvidas pelo ambiente marinho devem ser consideradas uma forma de poluição – o que incluiria o tema na convenção juridicamente vinculativa da ONU sobre o Direito do Mar.

Isso porque, no âmbito desta convenção, a maioria dos países tem obrigações de tomar medidas para prevenir, reduzir e controlar a poluição marinha. Se o caso, apresentado pela Comissão dos Pequenos Estados Insulares sobre Alterações Climáticas e Direito Internacional (Cosis), for bem-sucedido, estas obrigações passarão a incluir a redução das emissões de carbono e a proteção dos ambientes marinhos já danificados pela poluição por CO2.

Sendo um dos maiores sumidouros de carbono do planeta, o oceano absorve 25% das emissões de dióxido de carbono, captura 90% do calor causado por essas emissões e produz metade do oxigénio mundial.

“O nível do mar está subindo rapidamente, ameaçando afundar as nossas terras no oceano. Os eventos climáticos extremos, que crescem em número e intensidade a cada ano que passa, estão matando a nossa população e destruindo as nossas infraestruturas. Ecossistemas marinhos e costeiros inteiros estão morrendo em águas que se estão se tornando mais quentes e mais ácidas”, disse Kausea Natano, primeiro-ministro de Tuvalu, num comunicado.

Além dos pequenos Estados insulares, países como Alemanha, França, Arábia Saudita e Austrália falarão em sessões de audiência marcadas até 25 de setembro, informa a Reuters. O tribunal emitirá então um parecer consultivo, que não é juridicamente vinculativo, mas oferece uma declaração oficial sobre questões jurídicas que poderá orientar os países na elaboração de leis de proteção climática.

Fonte: Um Só Planeta

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