Por Silvia Lakatos (da Redação)
Sempre que o Natal e o Ano-Novo se aproximam, meu estômago dá reviravoltas. A época é a mais difícil do ano: trânsito péssimo, alta de preços, festival de demagogia nas festinhas obrigatórias da “firma” e da família e, o pior de tudo, a invasão de bebês-cadáveres nas vitrines refrigeradas dos mercados.
Leitõezinhos, cabritinhos, cordeirinhos – assim mesmo, tudo “inho” – irão para as mesas de milhões de pessoas nas tais datas comemorativas.
Definitivamente, até hoje não entendi por que comemoram o nascimento de um bebê (o Menino Jesus) com a carnificina de um enorme número de filhotes de variadas espécies.
Parece mais a celebração do massacre dos inocentes, com patrocínio do Frigo-Herodes S.A….
Caros amigos, caras amigas, eu peço: posicionem-se nas festas de família. Sem serem “chatos”, mas mantendo-se firmes e convictos, levem seus próprios pratos livres de crueldade, e aproveitem esse período para disseminar receitas deliciosas, preparadas com ingredientes vegetais.
Este será o segundo Natal do meu filho – no primeiro, ele tinha apenas 3 meses –, e eu espero conseguir ajudá-lo a construir uma imagem gostosa e lúdica de data. E, de preferência, sem o viés consumista, inconsciente e atroz que predomina na sociedade contemporânea.