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CORAGEM

Espiã infiltrada ajuda a combater tráfico internacional de presas de elefantes na Costa do Marfim

4 de novembro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Neste domingo (3), a série “Planeta Terra”, do Fantástico, mostrou o trabalho de heróis que lutam contra a extinção de animais ameaçados. O programa destacou o trabalho de Trang Nguyen, uma espiã que atua na cidade de Abidjan, na Costa do Marfim, que serve de rota do tráfico internacional de presas de elefante.

Natural do Vietnã, Trang Nguyen se infiltrou em uma rede de traficantes. Com o apoio de outros ativistas, ela identificou os principais nomes que operam na região. Trang se disfarça de intermediária para compradores asiáticos e carrega câmeras escondidas.

A reportagem acompanhou a ativista em uma missão. Um vídeo que Trang recebeu revelava pistas sobre a venda de presas de elefante.

“Aqui tem 14 ou 15 presas de elefantes adultos e filhotes”, afirmou, mostrando os registros.

Um encontro foi marcado com os traficantes.

“A gente pode ir para um quarto de hotel para pesar os itens. Eu passo o dinheiro e cada um segue para o seu lado. Fecha a porta, fecha a porta”, diz a espiã disfarçada durante o encontro.

O marfim é vendido por quilo. Pelo peso, calcula-se que uma família inteira de elefantes foi morta. O lote, de 20 quilos, vale quase R$ 40 mil.

A rede de ativistas avisou a polícia e agentes no andar de cima do hotel aguardavam um sinal. No momento do confronto, Trang não abandonou o disfarce e foi detida junto aos criminosos. Em um ano, a rede de ativistas da qual ela faz parte ajudou a prender 140 criminosos.

Os desafios por trás do trabalho

A coragem de Trang vem de uma descoberta dolorida.

“Quando eu tinha 23 anos, recebi um diagnóstico de câncer no intestino. Quando você tem câncer, você não sabe quanto tempo vai viver, precisa viver o agora. Foi aí que decidi ser uma espiã. Não sei quando eu vou morrer, então prefiro fazer algo com propósito”, relata.
O câncer foi tratado e Nguyen está em remissão. A espiã aceitou mostrar o rosto nessa reportagem, pois esta foi sua última missão.

“Eu venho fazendo trabalho infiltrada há muito tempo e é muito estressante”, destaca.

Fonte: G1

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