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Espécies marinhas são afetadas por vulcão submarino nas Canárias

4 de novembro de 2011
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Animais que se movem a grande velocidade refugiaram-se em zonas menos afetadas

Mancha vulcânica junto à Ilha El Hierro, Canárias (Foto: Reprodução)

A erupção submarina registrada desde dia 10 de outubro perto da Ilha El Hierro (Canárias) afetou já 96 espécies de fauna marinha na Reserva Marinha do Mar de las Calmas e não está sendo detetada vida num raio de 2,4 quilômetros à volta do foco da erupção.

Entre os animais afetados não se encontram os que se movem a grandes velocidades, como o charuteiro, a manta, o atum, o peixe imperador ou a baleia de bico. Estas espécies refugiaram-se na zona de Las Playas, menos afetada pela erupção. Os efeitos da erupção na fauna marinha foram analisados por biólogos da Universidade de Laguna e do Instituto Oceanográfico das Canárias. Las Calmas tornou-se num verdadeiro laboratório científico que pode dar pistas sobre como se regenera o ecossistema depois de uma erupção submarina.

Os investigadores chegaram à conclusão que num raio de 2,4 quilómetro não há vida, mas que nas profundidades entre 200 e 700 metros a água manteve-se estável e as condições de vida melhoraram.

Como a mancha do Mar de las Calmas não está a dispersar verifica-se sedimentação, o que preocupa os investigadores. Devido à erupção já morreram, pelo menos, 1145 peixes.

Os biólogos estudaram também o estado das algas e dos invertebrados na costa e a qualidade das águas através da análise de 17 parâmetros físico químicos.

Exigiu-se já que se estabeleça um período de repouso biológico na ilha, que se lute eficazmente contra a pesca, que sejam reintroduzidas espécies e que se definam novos pontos para a prática de mergulho. Estes aspectos vão ser tratados na próxima reunião depois de se avaliar o desenvolvimento da erupção vulcânica nos próximos dias.

Com informações do Ciência Hoje

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