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PARANÁ

Espécie silvestre: protetora de animais é chamada para resgatar gata-maracajá

3 de novembro de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Caminhos do Campo/RPC

Agricultores da área rural de Ampére, no sudoeste do Paraná, encontraram um felino ferido e chamaram a protetora de animais Ana Corrêa para ajudar. Só quando ela chegou no local é que descobriu que não se tratava de um gatinho e, sim, um animal selvagem.

A “gatinha” de olhos grandes e pelagem manchada foi encaminhada para o Hospital Veterinário da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em Realeza, onde foi identificada como uma gata-maracajá – espécie considerada vulnerável no Brasil.

“A principal ameaça para essa espécie é a perda de habitat, que faz com que ela se aproxime das comunidades e dos animais domésticos, como galinhas, resultando em conflitos com os humanos”, diz a pesquisadora Maria Foster.

A gata-maracajá resgatada sofreu fraturas em dois ossos da perna e precisou passar por cirurgia. No raio-X, os veterinários também encontraram um projétil alojado na cauda.

Enquanto a gatinha se recuperava da cirurgia, a ONG protetora dos animais recebeu mais uma ligação. Dessa vez, o atropelamento foi na rodovia entre Ampére e Santo Antônio do Sudoeste: mais um gato-maracajá ferido.

O atropelamento de animais silvestres é tema de um estudo de mestrado coordenado pelo professor e médico veterinário Paulo Braz, da UFFS. A pesquisa quer entender o tipo de fraturas que esses animais sofrem e se as intervenções podem ou não salvar a vida deles. Em um mês de levantamento em um trecho de 70 km entre Francisco Beltrão e Realeza, o resultado foi alarmante.

“No último mês, foram resgatados 16 animais, entre eles tamanduás, gambás e cachorros-do-mato”, Braz diz.

As gatas-maracajás resgatadas estão em tratamento e terão uma nova chance. A que teve a perna quebrada já está se recuperando e a expectativa é de possa voltar a ter uma vida normal.

“A gata ficará sob acompanhamento pós-cirúrgico na universidade por duas a três semanas. Depois, será avaliada e possivelmente encaminhada ao Refúgio Biológico de Itaipu para reabilitação em um espaço maior”, Braz diz. “Depois de um mês, [poderá] ser reintroduzida na natureza.”

Fonte: G1

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