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Espécie de vespa comum no RS põe ovos em presas e abandona ninho

18 de junho de 2013
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Vespas-solitárias são encontradas em abundância na Fronteira Oeste (Foto: Reprodução/RBS TV)
Vespas-solitárias são encontradas em abundância
na Fronteira Oeste (Foto: Reprodução/RBS TV)

Entre mais de 1 milhão de espécies de insetos catalogados pelos cientistas em todo o mundo, o Rio Grande do Sul conta com exemplos curiosos em sua fauna nativa. É o caso da vespa da família Sphecidae conhecida como vespa-solitária, encontrada facilmente na Fronteira Oeste do estado.

Essa espécie ganhou esse apelido porque não vive junto de outras vespas em colônias, por exemplo, e abandona o ninho após colocar os ovos, sem nunca mais ter contato com a prole. Isso não significa, contudo, que as fêmeas não tenham cuidados “maternais” com as crias.

As vespas-solitárias constroem ninhos em tocas no solo, para onde levam aranhas e outros insetos que são presos e imobilizados com substâncias injetadas pelo ferrão. Em cima das presas, depositam seus ovos e fecham o ninho com areia. Quando as larvas eclodem, se alimentam das presas que foram deixadas ali pela mãe. Quando estão adultas, saem do ninho.

Há cerca de 100 mil espécies de vespas conhecidas pelos cientistas, distribuídas por todas as áreas do planeta, com exceção das regiões mais geladas. Grande parte delas apresenta características em comum, como dois pares de asas, começo do abdômen alongado e ferrão, uma exclusividade das fêmeas.

Elas podem ser classificadas de acordo com sua organização social em solitárias e sociais, comumente conhecidas como marimbondos. Essas últimas vivem em ninhos, que podem ser encontrados em árvores e beirais de casas. No Brasil, há os dois tipos de espécies.

As vespas fazem parte de uma grande classe de animais invertebrados, os insetos. Cerca de 80% da fauna terrestre é formada por insetos. Os cientistas estimam que exista pelo menos 4 milhões de espécies ainda desconhecidas.

A professora Helena Piccoli, do Laboratório de Ecologia de Insetos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), diz que faltam no estado estudos que ajudem a conhecer melhor essa diversidade. “Para se ter uma ideia, 63% do nosso território é coberto pelo bioma pampa e estudos de insetos nessa área são incipientes”, afirma a pesquisadora.

Fonte: G1

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