Uma nova espécie de jiboia nativa da Mata Atlântica brasileira foi descoberta por pesquisadores do Instituto Butantan, de São Paulo, e do Museu de História Natural do Ceará Professor Dias da Rocha (MHNCE), da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
A jiboia-atlântica, cujo nome científico é Boa atlântica, era classificada erroneamente como uma jiboia comum (Boa constrictor). O atual estudo, no entanto, revelou características morfológicas e genéticas distintas e ainda evidenciou que ela é endêmica da Mata Atlântica e ocorre entre os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
O pesquisador Rodrigo Castellari Gonzalez, do MHNCE, visitou mais de 50 museus em quatro países e analisou mais de mil espécimes de jiboias, o que levou à suspeita da existência de uma nova espécie. Ele observou um padrão de coloração único e uma distribuição geográfica específica nas jiboias da Mata Atlântica.
Paralelamente, Lorena Bezerra, do Instituto Butantan, investigou o aspecto genético do réptil em seu próprio doutorado e corroborou as descobertas morfológicas apontadas pelo colega.
A jiboia-atlântica pode chegar a dois metros de comprimento e não tem veneno, assim como as outras jiboias. Essa categoria de serpente não peçonhenta se defende através da constrição, ou seja, mata suas presas por asfixia.
Fonte: Um Só Planeta