Especialistas alertam que rinocerontes podem estar extintos em cinco anos
3 de abril de 2019
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A divulgação recente de fotos pungentes, mostrando rinocerontes mutilados sendo resgatados na África, após caçadores terem cortado seus chifres – que a ignorância popular acredita serem “curadores de câncer” – tem levantado questões sobre a ameaça contínua que paira sobre essa espécie.
Nas imagens um rinoceronte pode ser visto com os olhos vendados, dentro de um contêiner, enquanto é levado para um centro de resgate depois de ter sido mutilado por caçadores ávidos por dinheiro, responsáveis por alimentar um comércio cruel que movimenta em torno de um bilhão de libras.
Em outra foto é possível ver uma ativista pelos direitos animais alimentando um bebê rinoceronte com uma mamadeira gigante improvisada. Uma mãe rinoceronte cujo chifre foi cortado é vista protegendo seu filhote em outra imagem onde que os animais parecem estar em movimento.
Na década de 70, haviam milhares desses magníficos animais por toda a África, mas atualmente, os rinocerontes negros e brancos foram levados à beira da extinção pela caça implacável e cruel da espécie.
O fotógrafo conservacionista, Neil Aldridge, que atualmente mora em Bristol, na Inglaterra, mas cresceu na África do Sul, tem acompanhado a situação dos rinocerontes há anos e foi o responsável pelas fotos, reveladoras e tristes, tiradas na África do Sul e em Botsuana.
Alimentada pela demanda das classes médias cada vez mais ricas da China e do Vietnã, a caça aos rinocerontes por seus chifres tem crescido. Após cortado do corpo dos animais, o chifre é comercializado ilegalmente no mercado paralelo. Alguns compradores ignorantemente acreditam que o item possa curar o câncer, enquanto outros querem o objeto apenas para ostentar como símbolo de status social. Acredita-se que esse comércio gere em torno de 13 bilhões de libras por ano.
Hora de um novo lar: Um rinoceronte branco é mostrado em um contêiner sendo resgatado em Botsuana. O animal compreensivelmente esta aterrorizado por seus salvadores humanos, sem perceber que esta sendo levado para um lugar seguro