Quase 100 mil visons irão perder suas vidas na Espanha por conta da pandemia de coronavírus. Não bastasse viverem vidas miseráveis ao serem explorados pela indústria de pele, agora eles serão mortos por determinação de autoridades da região espanhola de Aragón.
A ordem foi dada após a comprovação de que os visons foram infectados pelo coronavírus. O secretário regional de Pecuária, Joaquín Olona, informou à agência France Presse, nesta quinta-feira (16), que “um total de 92.700” animais serão mortos.
Os visons vivem em uma fazenda na cidade de Puebla de Valverde que estava paralisada desde o dia 22 de maio após sete trabalhadores serem diagnosticados com Covid-19. Um teste realizado em 13 de julho concluiu que 87% dos animais testaram positivo para o vírus.
Como o surto na fazenda teve início após um funcionário se infectar fora do local, as autoridades suspeitam que os visons foram infectados pelo trabalhador. Portanto, por causa de uma infecção advinda de um humano, os animais terão seu direito à vida usurpado.
O caso revela o especismo brutal existente não só na Espanha, mas em todo o mundo. Tratados como objetos, animais são explorados, torturados, submetidos a viver presos em gaiolas, suportando imenso sofrimento para, por fim, terem suas vidas ceifadas como se elas de nada valessem.