As autoridades de Badajoz, na Espanha, montaram uma autêntica caça ao homem para identificar o autor de um vídeo de 19 minutos em que exibe parte das 11 horas em que torturou Schnauzi, um cão de dois meses, noticia o jornal El Mundo. As imagens – que foram entretanto retiradas da internet, depois de serem postadas no dia 3 de fevereiro no seu blog – mostram de forma explícita e com todos os detalhes a crueldade infligida ao animal, cortando-lhe as orelhas, queimando-o, torturando-o e asfixiando-o. O cão acabou por morrer entre espasmos e sem articulações, que lhes foram arrancadas e se veem perto do corpo.
O autor do crime ainda não foi identificado, apesar de ter sido localizado a direção do IP do computador, na sequência de denúncias de duas associações de proteção dos animais. As duas associação deram eco à consternação de muitos internautas, que denunciaram o vídeo em que o torturador se vangloriava dos seus feitos e ameaçava matar da mesma forma outros 94 cachorros. Também ameaçou os milhões de pessoas indignadas com o seu ato: “Cá vos espero com a minha cadela prenha de nove saudáveis cachorros, os quais vou martar um a um”.
No vídeo, o homem diz que vive em Badajoz (dando, inclusive, indicações de algumas ruas onde poderia estar) e ameaçou os vizinhos para que tenham cuidado com os seus cães. Desafiou ainda a polícia a detê-lo, antes que matasse o próximo animal. “Sois uma legião, não vos esqueçais, venham até mim, salvem a vida destes nove inocentes que não verão a luz do dia senão por breves minutos”, diz, nomeando o local onde vive, uma zona onde, segundo El Mundo, há dois anos foram encontrados dois cães mutilados.
Ao mesmo tempo que vai falando, o homem mostra imagens onde se vê a partir as patas do cão, a queimar com um cigarro uma pata, uma orelha e o focinho, a introduzir no ânus do cão um objeto perfurante, embora esta última cena não a tenha colocado no blogue para não ferir a sensibilidade dos menores, segundo o próprio. Entretanto, foi criado no Facebook um grupo de pessoas que pretende ajudar na identificação do torturador.
Um excerto do vídeo pode ser visto aqui, mas alertamos os leitores para a violência das imagens.
Fonte: Jornal de Notícias