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Escritor faz greve de fome em protesto à construção de tanque que confinará golfinhos e outros animais

21 de outubro de 2010
2 min. de leitura
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Vahram Tatikyan, um escritor e publicitário conhecido por defender os animais e o ambiente, diz que irá começar uma greve de fome como forma de protesto à construção de um tanque que irá confinar golfinhos e outros animais marinhos em Yerevan, Armênia.

Segundo informações do jornal Armenia Now, o projeto da construção foi iniciado por uma organização ucraniana, a Nerum, e agora está começando as obras em um terreno alugado pela Yerevan Municipality em Komitas Park, perto do Pantheon. Defensores dos direitos animais e ambientalistas estão se opondo à construção e, como eles, Tatikyan também acredita que golfinhos e outros animais marinhos não irão sobreviver no clima quente da Armênia. Ele acrescenta que uma construção dessa perto do Pantheon, onde famosos do país estão enterrados, irá “destruir a aura espiritual do lugar”.

“Você pode imaginar um tanque de golfinho sendo construído ao lado da igreja Etchmiadzin?”, pergunta Tatikyan, se referindo à Santa Sé da Igreja Apostólica da Armênia. Para ele, construir um tanque de confinamentos ao lado do Pantheon é “pervertido”.

As obras se iniciaram em Agosto e 80% do projeto está completo. Caso seja terminado na íntegra, o tanque – de cinco metros de profundidade e 18 de raio – será a prisão de quatro golfinhos, um leão marinho e duas focas. O complexo terá capacidade para acomodar 900 visitantes.

Por muitos anos, o Komitas Park tem sido negligenciado e muitos aprovaram o projeto. Em resposta às preocupações com os animais e o ambiente, o governo de Yerevan diz que a nova “atração” será separada do resto do Pantheon por cercas, e os animais receberão água parecida com a água do mar em sua composição. Segundo um representante da compania ucraniana, o tanque estará pronto para uso em cerca de um mês.

Tatikyan diz que irá começar a greve perto do local das obras em 20 de outubro. ELe diz também que irá ficar mudo por três dias para conservar energia e está determinado a persistir no protesto até que a estrutura seja derrubada.

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