Dar nome a um animal doméstico é um dos primeiros passos na construção do vínculo afetivo entre tutor e o animal.

Muitos tutores de gatos brancos se deixam levar pela coloração da pelagem para escolher nomes como “Neve”, “Branquinho” ou “Algodão”. Mas especialistas sugerem que é importante considerar também aspectos como personalidade, sonoridade e facilidade de compreensão pelo animal.

De acordo com o Guia de Posse Responsável de Animais de Estimação, publicado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o nome de um animal é parte essencial do processo de adaptação e comunicação.

“Os animais aprendem a reconhecer seus nomes com o tempo, principalmente quando são associados a estímulos positivos”, explica o documento.

Por isso, é importante evitar nomes muito longos ou complexos, que possam dificultar esse aprendizado.

A bióloga e especialista em comportamento animal Milena Almeida reforça, em entrevista ao portal da Sociedade Brasileira de Etologia (SBEt), que “o nome é um reforço social e emocional importante, especialmente quando está associado a recompensas, carinho ou brincadeiras”.

Gatos também atendem pelo nome

Diferente do que se pensa, os gatos são capazes de aprender seus nomes e associá-los a chamadas, comandos e situações específicas.

Um estudo publicado na revista científica Scientific Reports, da Nature, comprovou que gatos domésticos não apenas reconhecem seus nomes como os diferenciam de outras palavras, mesmo quando ditas por pessoas desconhecidas.

A pesquisa foi conduzida pela Universidade Sophia, no Japão, e observou a resposta de mais de 70 gatos a estímulos sonoros.

Nomes populares e criativos para gatos brancos

Gatos de pelagem branca costumam inspirar nomes ligados à natureza, ao inverno, à luz ou a personagens icônicos.

Confira as sugestões da Itatiaia:

• Neve, Floquinho, Algodão, Gelo, Lua são associados à cor e textura do pelo;
• Olaf, Casper, Jon Snow e Daenerys são referências a personagens brancos ou do universo “gélido”;
• Contrastes como Carvão, Sombra, Inverno ou Tinta para trazer humor;

• Formas carinhosas como Bibi, Mimi, Lili ou Dudu, que são mais fáceis de memorizar e repetir.

O Instituto Pet Brasil estima que o país tenha cerca de 34 milhões de gatos, com um crescimento contínuo da adoção, principalmente em lares urbanos e apartamentos.

Dar um bom nome ao gato é um dos primeiros passos para uma relação de respeito e afeto.

Segundo o Manual de Boas Práticas para a Guarda Responsável de Gatos, do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, o nome é parte da rotina afetiva, da construção de hábitos e do acolhimento emocional do animal.

“Dar nome é reconhecer o animal como sujeito de direitos e afeto”, destaca o documento.

Fonte: Rádio Itatiaia