Por Fernanda Franco (Da Redação)
Uma escola de Thurmaston, no Reino Unido, tem sido alvo de críticas por criar porcos como animais de estimação para, depois, transformá-los em salsichas, que são vendidas aos pais, segundo reportagem do tabloide “The Sun”.
De acordo com o programa da escola, as crianças ajudam a alimentar os leitões, dão carinho e chegam a dar nomes para os bichos, conforme o periódico. Mas, posteriormente, os porquinhos viram salsichas que são vendidas por 3,25 libras (cerca de R$ 10) o pacote.
Segundo a escola primária Eastfield, o objetivo é ensinar para os alunos de onde vêm os alimentos. Mas se o objetivo é mostrar cada etapa da origem dos alimentos, por que teria sido suprimido o momento principal, que é o abate em si? As crianças alimentam os porquinhos, dão-lhes carinho, e “de repente” elas veem a salsicha no prato? Está faltando alguma parte nessa história? Sim.
Se a intenção é que as crianças conheçam todas as etapas da produção do alimento que consomem, não seria, no mínimo, coerente que elas presenciassem também o momento do abate dos animais, antes de terem seus corpos processados para virar salsicha?
A “educação” que objetiva a transparência omite-lhes o principal: a dor, o sofrimento e a violência dos quais os animais são vítimas. Uma educação que ensina a violência sem mostrar a violência: isso não é educar, é desonestamente transmitir às crianças hábitos nocivos, é enganá-las. Estão lhes contando uma história com início e fim, mas sem o meio.
A britânica Deborah White, 44 anos, cujo neto está na pré-escolar, disse que ficou chocada quando soube que os porquinhos de estimação viravam salsichas. “Falei com alguns pais, que estavam perturbados com esse fato”, disse ela.
Os pais têm o direito de ficarem chocados com a atitude da escola contanto que eduquem seus filhos de forma a terem uma alimentação ética e saudável, ensinando-os o respeito pelos direitos animais. Enquanto ainda consumirem ou incentivarem em seus filhos e netos o consumo de carne, é pura hipocrisia, ou defeito dissociativo e incoerência, reprovar o gesto da escola.
Segundo o “The Sun”, a escola também cria ovelhas, patos e galinhas.
Será que, se as crianças vissem o sofrimento e presenciassem a morte dos animais, ainda continuariam querendo comer sua carne?
(Com informações do G1)