EnglishEspañolPortuguês

PROJETO DE LEI

Escócia analisa proibição da criação de galinhas poedeiras em gaiolas

21 de abril de 2024
Redação ANDA
3 min. de leitura
A-
A+
Foto: Ilustração | Freepik

A Escócia está dando passos importantes para se tornar pioneira no bem-estar animal, com uma nova consulta sobre a proibição do uso de gaiolas para alojar galinhas envolvidas na produção de ovos. Esta medida, se implementada, representará um avanço significativo rumo a uma sociedade mais compassiva e ética.

O ministro da Agricultura, Jim Fairli                                                                             e, ressaltou que essa iniciativa colocaria a Escócia na vanguarda do movimento de melhoria do bem-estar dos animais. Reconhecendo a crueldade inerente ao confinamento em gaiolas, o governo escocês busca proibir gradualmente o uso dessas estruturas. O objetivo é equilibrar as melhorias no bem-estar das aves com a sustentabilidade do setor de produção de ovos.

Embora o Reino Unido tenha proibido o uso de gaiolas em bateria em 2012, ainda há mais de 1,1 milhão de galinhas na Escócia mantidas em “gaiolas melhoradas”. Essas gaiolas oferecem mais espaço para as aves, mas ainda limitam seu comportamento natural e bem-estar.

A preferência do governo escocês é pela proibição gradual, começando pela proibição da instalação de novas gaiolas a partir de 2033 e seguida por uma proibição total da manutenção de aves em gaiolas melhoradas a partir de 2034. Esta abordagem visa garantir que as mudanças ocorram de maneira sustentável e eficaz.

Além disso, a consulta também considera a proibição do uso de gaiolas enriquecidas a partir de 2030. Propõe ainda uma opção não regulamentar, incentivando lojas e fornecedores a se comprometerem a parar de vender e utilizar ovos de aves mantidas em gaiolas melhoradas até 2034.

Mark Borthwick, gestor de políticas da Proteção Animal Mundial, elogiou a iniciativa da Escócia, destacando a importância de acabar com o uso de gaiolas que restringem o comportamento natural dos animais e causam grande sofrimento. Ele ressaltou que outros países estão à frente nessa questão, e é hora de o Reino Unido seguir o exemplo e adotar práticas mais éticas e compassivas.

É fundamental reconhecer que nenhum animal deveria ser escravizado para consumo humano. O veganismo emerge como a melhor opção para promover um mundo mais justo e compassivo para todos os seres vivos.

Nota da Redação: as galinhas são animais incrivelmente inteligentes e sensíveis, dotados de habilidades cognitivas e emocionais surpreendentes. Estudos mostram que elas são capazes de aprender, lembrar-se de rostos humanos, resolver problemas simples e até mesmo comunicar-se de maneiras complexas. Além disso, têm fortes laços sociais e demonstram empatia, cuidado e cooperação entre si.

Explorar esses seres sencientes para consumo humano é eticamente questionável e moralmente indefensável. Ao confiná-las em espaços apertados e insalubres, privando-as de liberdade e submetendo-as a condições de vida cruéis, estamos ignorando sua dignidade e violando seu direito básico à vida e ao bem-estar.

À medida que mais pesquisas destacam a inteligência e a sensibilidade das galinhas, é crucial repensar nossas práticas alimentares e reconhecer que a exploração animal não é apenas desnecessária, mas também moralmente condenável. Optar por uma dieta livre de produtos animais é uma forma de respeitar a vida e promover a compaixão em todo o planeta. 

    Você viu?

    Ir para o topo