EnglishEspañolPortuguês

SAÚDE

Erliquiose: conheça a doença que pode ser fatal para os cães

10 de março de 2025
3 min. de leitura
A-
A+
Foto: Ilustração | Freepik

A doença do carrapato, causada por hemoparasitas que atacam a corrente sanguínea dos cães, é uma enfermidade grave e potencialmente fatal. Embora os carrapatos raramente infestem gatos e humanos, não é impossível que isso ocorra. No Brasil, a doença é bastante comum e pode se manifestar de duas formas: babesiose, causada por um protozoário, e erliquiose, provocada por uma bactéria. Ambas são transmitidas pelo mesmo vetor: o carrapato.

Como ocorre a transmissão?

O carrapato-vermelho (Riphicephalus sanguineus) é o principal vetor da doença no Brasil. Ele pode transmitir os micro-organismos causadores da babesiose e da erliquiose ao sugar o sangue do hospedeiro. A infestação é mais comum em áreas rurais e suburbanas, mas cães urbanos também estão em risco, especialmente após passeios em locais com vegetação. Um único carrapato infectado é suficiente para transmitir a doença.

A doença do carrapato não pode ser prevenida por vacinas, mas o controle é possível com hábitos de higiene e inspeção regular da pelagem do animal. A infestação é mais frequente em meses quentes e úmidos, embora os carrapatos se reproduzam durante todo o ano no Brasil.

Sintomas e fases da doença

A erliquiose e a babesiose apresentam sintomas semelhantes, mas atacam estruturas celulares diferentes. A erliquiose, por exemplo, ataca o sistema imunológico, destruindo glóbulos brancos e plaquetas, enquanto a babesiose afeta os glóbulos vermelhos, causando anemia.

A erliquiose se divide em três fases:

1. Fase aguda: caracterizada por febre, perda de apetite, fraqueza e perda de peso.
2. Fase subclínica: assintomática, pode durar anos.
3. Fase crônica: os sintomas se intensificam, incluindo anemia grave, insuficiência renal e intoxicação generalizada.

Já a babesiose pode causar anemia progressiva, icterícia (amarelamento das mucosas) e comprometimento do sistema circulatório. Em ambos os casos, o diagnóstico precoce é crucial para evitar complicações graves.

Diagnóstico e tratamento

A única maneira de identificar a doença com precisão é por meio de exames laboratoriais. O tratamento varia conforme o estágio da doença. Na fase inicial, a recuperação é mais simples, mas na fase crônica, o cão pode desenvolver problemas graves, como insuficiência renal e anemia severa, exigindo cuidados intensivos.

O tratamento inclui medicamentos específicos para combater os hemoparasitas, além de suporte para os órgãos afetados. Em casos avançados, transfusões de sangue podem ser necessárias.

Prevenção

A prevenção é a melhor estratégia para proteger os cães. Algumas medidas incluem:
– Inspecionar a pelagem do animal após passeios.
– Usar carrapaticidas tópicos ou orais, sempre com orientação veterinária.
– Manter o ambiente limpo, eliminando possíveis focos de infestação.
– Evitar o contato com cães infectados ou áreas com alta incidência de carrapatos.

Remédios caseiros e cuidados ambientais

Embora remédios caseiros, como infusões de camomila ou óleos essenciais, possam ajudar a repelir carrapatos, eles não eliminam infestações ambientais. Em casos graves, é necessário recorrer a serviços profissionais de controle de parasitas, garantindo que os produtos utilizados sejam seguros para os animais.

Conclusão

A doença do carrapato é uma ameaça séria à saúde dos cães, mas com cuidados preventivos e atenção aos sintomas, é possível evitar complicações. A visita regular ao veterinário e a adoção de medidas de higiene são essenciais para garantir o bem-estar do seu animal. Em caso de suspeita de infestação ou sintomas como febre, apatia ou anemia, procure imediatamente um profissional para diagnóstico e tratamento adequados.

    Você viu?

    Ir para o topo