Na última segunda-feira (16/06), uma baleia-jubarte foi encontrada presa em redes de pesca perto da costa de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. O caso mobilizou uma equipe do Instituto Argonauta, especializada no resgate de animais marinhos, para tentar soltar a baleia com segurança. Eles ainda não conseguiram concluir a missão, então seguem em monitoramento.
O primeiro aviso veio de um funcionário da empresa de passeios Abordo Turismo, que acionou o Instituto Baleia à Vista. A baleia-jubarte foi localizada um pouco afastada da costa, e os pesquisadores acompanharam o animal enquanto evitavam que outras embarcações se aproximassem, garantindo a segurança da operação.
A equipe técnica do Instituto Argonauta chegou ao local e iniciou os trabalhos para soltar a baleia das redes. Esse tipo de operação é considerado de alto risco e só pode ser feito por profissionais treinados, com autorização oficial.
Mesmo com todos os cuidados, a baleia não foi solta. Parte das redes foi retirada, mas o resgate precisou ser interrompido por causa do comportamento do próprio animal, que ficou mais agitado. A equipe pretende terminar o resgate quando a baleia voltar a ser vista em condições seguras.
O próprio Instituto Argonauta diz, em comunicado, que situações como essa não são incomuns e acontecem quando as rotas que as baleias usam para migrar se cruzam com áreas de pesca. Por isso, ações de monitoramento, educação ambiental e resposta rápida são importantes para proteger esses animais.
A recomendação dos pesquisadores é que, ao avistar uma baleia ou outro animal em perigo, as pessoas não tentem ajudar sozinhas. O ideal é acionar os órgãos ambientais ou equipes especializadas:
O desemalhe de grandes cetáceos é uma atividade de alto risco, que exige capacitação técnica, equipamentos especializados e autorização legal. No Brasil, essa atividade é regulamentada pela Portaria Conjunta MMA/IBAMA/ICMBio nº 3, de 8 de janeiro de 2024, que define protocolos rigorosos para garantir a segurança dos animais e das equipes. Intervenções não autorizadas colocam em risco tanto a vida dos animais quanto a segurança humana. Por isso, caso alguém aviste uma baleia enredada ou qualquer outro animal marinho em situação de risco, deve acionar imediatamente as autoridades ambientais ou o próprio Instituto Argonauta.
Fonte: CanalTech