Nessa segunda-feira (30), as equipes continuam no local fazendo o trabalho de rescaldo e monitoramento da região. O incêndio, que só foi controlado no nono dia, após a chegada da chuva na cidade, afetou não só moradores, como também os animais que vivem no local.

O fogo devastou mais de 10 milhões de metros quadrados na serra, que é considerada uma das principais reservas da Mata Atlântica no Estado de São Paulo, segundo o portal G1.

Diversos animais foram encontrados mortos, outros foram vítimas de atropelamento, ao tentar fugir das chamas indo para a estrada. De acordo com o portal G1, uma fêmea de cachorro-do-mato e uma irara foram atropeladas na Rodovia Edgar Máximo Zambotto. A Associação Matar Ciliar montou uma base no local para os atendimentos, já os agentes ambientais continuam na busca para identificar a causa do incêndio.

Na terça-feira (24), quatro filhotes órfãos de cachorro-do-mato e dois filhotes de tapiti, também conhecidos como coelho-do-mato, foram encontrados sozinhos e levados para a base. Segundo o portal G1, voluntários gravaram uma família de saguis correndo pelas árvores na tentativa de escapar das chamas. Já manhã desta segunda-feira (30), um ouriço que estava ferido também foi resgatado.

O ambientalista Flávio Gramolelli Junior afirma que a área atingida abriga centenas de espécies de fauna e flora. “Muitas delas são endêmicas, só podem ser encontradas aqui. Isso demonstra a importância. As queimadas começam a destruir toda essa vida. Nós estamos destruindo um patrimônio genético, um patrimônio que é da humanidade”, disse o especialista

Vale lembrar que a queimada na Serra do Japi começou no dia 20 de agosto e só foi dada como extinta depois da chuva da madrugada deste sábado (28). A suspeita é de que um curto-circuito em uma torre de transmissão de energia elétrica provocou o estrago.