EnglishEspañolPortuguês

Envenenamento de cães deixa moradores revoltados em Criciúma (SC)

9 de julho de 2013
3 min. de leitura
A-
A+
Foto: Divulgação/Engeplus
Foto: Divulgação/Engeplus

Moradores do bairro Francesa, em Criciúma (SC), estão indignados com o envenenamento de cães, seus animais domésticos. Apenas neste mês de julho, mais de uma dezena de cães foram encontrados mortos por seus tutores. Somente neste domingo, três cães foram vítimas de intoxicação.

Uma das últimas vítimas da crueldade foi o cão Tobi. “Ele morreu muito rápido, não deu tempo de salvar. Estava tremendo muito e espumando pela boca”, conta a tutora do cachorro, Mariana Martins de Souza. Ainda neste domingo, a moradora Andréia Elias perdeu suas duas cachorras. “Morreram a mãe e a filhote. Elas foram envenenadas dentro pátio, assim como os outros. Estamos indignados, procuramos a Delegacia de Polícia, mas disseram que não poderiam fazer nada”, lamenta.

De acordo com o fiscal da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri), Valmir Gomes, não é bem assim. “Quando o tutor suspeitar de envenenamento ele deve procurar a delegacia e fazer um Boletim de Ocorrência (BO) para ser aberto um inquérito e investigar o autor do crime. Outra opção é ir direto ao Ministério Público e relatar os fatos ao promotor que abre a ação e encaminha para a delegacia. Envenenar animais é crime contra a fauna. A pena pode chegar a um ano de detenção, além de multa de R$ 500 por animal morto”, informa Gomes.

Segundo a presidente da Associação Protetora dos Animais de Criciúma (Apacri), Zeta Machado, o número de cães mortos por envenenamento em Criciúma é muito elevado. “Infelizmente, o número está aumentado, é um absurdo, recebemos denuncias todos os dias. Os bairros onde mais se mata animais são o Pinheirinho, 1ª Linha, Pedro Zanivan e na Vila Francesa. Se estão envenenando os bichos é porque alguém está vendendo o veneno. Temos que intensificar a fiscalização nas agropecuárias”, ressalta Zeta.

Ainda conforme a presidente da Apacri, a solicitação de fiscalização nas agropecuárias será levada ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Criciúma (Comdema). Os venenos mais utilizados para tirar a vida dos cães são: estricnina, chumbinho e raticidas. “No dia 18 de agosto Criciúma estará incluída na campanha ‘Crueldade nunca Mais’ que acontece em todo o Brasil. O evento tem como objetivo lutar pelo fim da violência contra os animais e por penas maiores para os criminosos”, destaca. Informações sobre maus-tratos aos animais podem ser repassadas ao disque-denúncia da Apacri pelo telefone (48) 9637-5592. O serviço funciona 24 horas, todos os dias.

Primeiros socorros aos animais envenenados

Diferente do que muita gente acredita, a utilização de leite pode acabar agravando ainda mais a situação do animal envenenado. “Em muitos casos o leite faz o animal absorver com mais rapidez o veneno”, informa a veterinária Laís Ferreira.

A recomendação em caso de intoxicação é que o animal seja levado com urgência a um veterinário. “Os principais sintomas de intoxicação são as pupilas dilatadas, tremores musculares e salivação excessiva. Como atitude emergencial pode-se usar uma solução de água oxigenada diluída em água para provocar o vômito. Porém não se deve induzir o vômito em cães inconscientes, pois eles podem aspirar o vômito e se engasgar. O vômito também não deve ser provocado em animais que ingeriram substâncias cáusticas”, explica a veterinária.

De acordo com a veterinária, quando o animal ingere alguma substância cáustica ele sofre graves queimaduras na boca. Já na intoxicação provocada por raticida o animal apresenta forte hemorragia.

Fonte: Engeplus

Você viu?

Ir para o topo