EnglishEspañolPortuguês

Entidades questionam aprovação da "Coordenadoria de Bem-Estar Animal"

14 de julho de 2014
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Embora a Lei que cria a Coordenadoria de Bem Estar Animal tenha sido aprovado na quinta-feira, na Câmara dos Vereadores, entidades de apoio aos animais reclamam da falta de diálogo com os profissionais da área, que não foram consultados na elaboração do projeto. A votação do documento, que foi elaborado pela Prefeitura de Petrópolis, recebeu o voto de 10 legislativos e teve três das emendas realizada pela vereadora Gilda Beatriz e as entidades de auxílio aos animais anuladas. O projeto também não passou por nenhuma comissão antes de seguir para votação.

Ana Cristina, do Anima Vida, explica que chegou ir à câmara para, junto com a vereadora e outras entidades de proteção criar emendas que pudesse tornar o trabalho da coordenadoria efetiva. “Fizemos uma reunião de trabalho, que, na prática, não adiantou nada, já que os itens mais importantes foram deixados de lado”, declarou.

“O projeto não consta no Plano Plurianual, ou seja, não tem verba para execução de ações na coordenadoria. Essa foi uma das emendas que foi rejeitada na votação realizada na câmara. Além disso, ele fomenta atividades e não às executas. O que também deixa muito a desejar. Outro problema que vimos, é a possível terceirização dos serviços da entidade. A exemplo de outros municípios, isto não é certo fazer”, destacou Ana Cristina.

O presidente do GAPA faz coro. “Estamos decepcionados com a forma como somos tratados. Não houve diálogo! Acredito que os protetores devam ser consultados. Somos nós que trabalhamos no dia a dia e sabemos quais às necessidades dos animais”, explica.

Responsável pelas emendas, a vereadora Gilda Beatriz declarou que tentou pediu que a votação fosse adiada por uma sessão, o que não foi aceito pelos demais legislativos. “A coordenadoria é importante, mas não posso deixar de considerar e conversar com quem trabalha na área. Não pode ser um núcleo que vira uma coordenadoria e cria cargos à toa. Uma coordenadoria não pode começar se as entidades que atuam na área não concordam com a forma como foi criada”, explicou a vereadora.

A lei aprovada, cria oito cargos técnicos para coordenadoria, entre eles um veterinário de equino, um veterinário de animais silvestres e um especialista em comportamento animal. Além disso, a coordenadoria passa a ser responsável pelo curral de apreensão de cavalos, que está sendo reformado. Dentre as metas inciais da coordenadoria estão o estabelecimento de parcerias com o terceiro setor e o planejamento de ações emergenciais para o bem estar animal.

“A sociedade civil não foi envolvida. A nossa experiência foi na área realmente foi ignorada”, finaliza Ana Cristina.

Fonte: Tribuna Petrópolis

Você viu?

Ir para o topo